Idosos com vida sexualmente ativa são mais saudáveis
Redação RedeTV!No Dia Mundial da Saúde Sexual, especialistas falam sobre importância do sexo para envelhecer com saúde
(Foto: Freepik)
Em uma sociedade onde cada vez mais pessoas buscam fugir dos efeitos da idade, ficar mais velho se tornou uma espécie de tabu. O fato é que, embora algumas pessoas tentem retardar o envelhecimento, envelhecer é um processo natural pelo qual todos nós passaremos. Contudo, vale ressaltar que a “terceira idade” não se opõe a uma vida plena, ativa e saudável.
Neste Dia Mundial da Saúde Sexual (4 de setembro), o Portal da RedeTV! conversou com dois especialistas para abordar a importância do sexo na terceira idade e como ele abre caminhos para o bem-estar físico, emocional e mental.
De acordo com um estudo do Hope College em Michigan, nos Estados Unidos, homens e mulheres acima dos 62 anos que tenham uma vida sexual “satisfatória” apresentaram melhores resultados de saúde cognitiva do que aqueles que revelaram não ter uma rotina sexual.
Os pesquisadores ouviram 1.683 pessoas na faixa dos 62 anos até os 90 e avaliaram seis áreas principais da cognição, incluindo memória de trabalho, atenção e habilidades visuoespaciais.
Os resultados seriam uma combinação de uma série de fatores, como a liberação de hormônios e a formação de novos neurônios, como explica Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e Especialista em Sexualidade pelo Instituto Paulista de Sexualidade (InPaSex), Eduardo Perin.
“Quando fazemos uma atividade física, de certa forma praticamos ela e ao mesmo uma atividade de prazer, que proporciona ao nosso cérebro sinais que promovem a neurogênese, as sinapses e a liberação hormonal. Então, a gente mantém esse cérebro mais jovem quando as atividades física e sexual são mantidas na idade mais avançada”, desenvolve ele.
Com a liberação de neurotransmissores como a dopamina, serotonina e adrenalina, a saúde mental é favorecida. “Esses hormônios que são liberados quando a pessoa tem relação sexual, são hormônios que têm efeito antidepressivo, ansiolítico, ajudam a dormir, dão uma sensação de bem-estar”, conta.
No entanto, ainda que os benefícios de uma vida sexualmente ativa na velhice sejam muitos, nem sempre ter uma relação sexual na terceira idade é fácil. “Na terceira idade você tem uma diminuição das respostas genitais, então tem uma lentificação das respostas. Muitas vezes a pessoa demora um pouco mais para se excitar, demora um pouco mais para alcançar a ereção ou para a lubrificação. Também existe mais dificuldade para alcançar o orgasmo, bem como maiores chances de determinadas disfunções sexuais, como, por exemplo a disfunção erétil e uma secura vaginal”, explica Perin.
Além desses fatores, se tratando do bem-estar feminino, o geriatra membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Natan Chehter, destaca que algumas mulheres apresentem dores e sangramentos, o que pode transformar a penetração em um problema.
“A pessoa deve fazer aquilo em que ela se sente confortável, segura e o quanto ela desejar. Agora se estiver causando algum problema, ai sim é a hora de pensar se a frequências ou a maneira está sendo saudável”, esclarece Chehter, que alerta sobre a necessidade de impor limites.
O geriatra ainda ressalta que determinadas posições e ritmos sexuais não consigam ser alcançados. Por isso, visando o prazer pessoal e do cônjuge, é importante que o casal esteja sempre se reinventando e entendendo o que melhor se adapta na relação e individualmente.
“O casal, a medida que envelhece, muitas vezes tem que se reinventar, tem que criar de novo a cumplicidade, a intimidade. Muitas vezes isso muda conforme a relação envelhece. Isso também impacta na vida sexual, então é sempre uma relação construída”, ressalta Chehter.
O geriatra ainda destaca que formas de dar prazeres e se realizar são desafios que acompanham as pessoas ao longo da vida. Logo, se reinventar faz parte do jogo de como tornar o envelhecimento mais saudável e prazeroso.
“O prazer sexual ele não é atingido apenas pela penetração em si. Então toda sexualidade não só inclui sexo. Você tem a carícia, a cumplicidade, o namorar, algo que vai além do ato sexual em si. Para muita gente isso é tão prazeroso ou mais prazeroso e isso faz falta!”, finaliza o especialista.
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