Adolescentes são condenadas à prisão perpétua por torturar e matar mulher

Angela Wrightson (Foto: Reprodução/Facebook)

As duas adolescentes acusadas de torturar e matar a inglesa Angela Wrightson, de 39 anos, foram condenadas nesta quinta-feira (7) à prisão perpétua. De acordo com a imprensa britânica, as meninas deverão ficar atrás das grades por, pelo menos, 15 anos antes de poderem solicitar qualquer recurso.

Em 2014, as meninas, com 13 e 14 anos, agrediram e mataram a mulher na casa onde ela vivia, em Hartlepool, na Inglaterra. Angela foi brutalmente agredida com um televisor, uma impressora, uma pá e até uma vara de madeira com parafusos, e sofreu mais de 103 lesões pelo corpo, sendo 80 no rosto. 

Para completar a crueldade, as meninas, que não podem ter o nome divulgado por razões legais, ainda tiraram fotos sorrindo no local do crime e fizeram uma publicação no Snapchat ao serem levadas pela polícia.

Ao longo das sete semanas de julgamento, ficou claro que as meninas se aproveitaram do fato de Angela ter problemas de alcoolismo para a deixarem bêbada e inconsciente a fim de iniciarem as agressões, que duraram cerca de cinco horas.

Televisor usado no espancamento (Foto: Divulgação/Cleveland Police)

Embora tenham admitido estarem presentes durante as agressões, elas negaram ter matado a mulher, que era conhecida por comprar bebidas e cigarros para menores de idade na vizinhança.

No entanto, para o procurador Nicholas Campbell, as jovens tinham uma relação "intensa" e "estavam no mesmo barco". "Não há evidência de que Angela Wrightson tenha lutado, tentando desviar da arma afiada ou armas usadas para machucá-la. Há evidências de que ela havia sido contida à força", disse ele.

A violência causada pelas meninas, atualmente com 14 e 15 anos, chegou ao ponto de cacos de vidro e pedaços de cascalho serem encontrados ao redor dos órgãos genitais da mulher e cinzas de papel queimado encontradas em seus ouvidos. 

Em comunicado, a família de Angela disse que não foi fácil ouvir os detalhes sobre como ela foi torturada e morta. "Foi uma experiência angustiante que continuará a nos assombrar todos os dias", afirmaram.

Em outro trecho, os familiares ainda disseram que nenhuma pena será capaz de trazer as meninas de volta, mas elas serão capazes de, um dia, viver as próprias vidas. "Um direito que foi tomado de Angie", dizem, acrescentando que continuarão a preservar as boas memórias, a fim de tentar seguir em frente.

Como ainda são novas, caso as meninas consigam liberdade após os quinze anos de pena obrigatória, elas devem sair da prisão por volta da mesma idade que Angela tinha ao ser assassinada.