Porta-voz da PM-MG diz que risco de novo rompimento de barragem ainda está sendo avaliado
Stéfanie Rigamonti/RedeTV!(Foto: Isac Nóbrega/Agência Brasil)
O porta-voz do Polícia Militar de Minas Gerais, major Flávio Santiago, que está em Brumadinho acompanhando os trabalhos na barragem 6, após sirenes de alerta terem sido acionadas na madrugada, informa que a chance de um novo rompimento ainda está sendo avaliada pelos técnicos. De acordo com o agente, não se pode afirmar que há risco iminente de desabamento.
Em entrevista ao portal RedeTV!, o major explicou que as sirenes foram acionadas porque as barragens têm um sistema de segurança, com diversos dispositivos, como o de balanço e contrapeso. E o radar, que faz parte desse sistema, "anuncia uma movimentação anômala do que está represado", esclarece.
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Mas de acordo com o porta-voz da PM-MG, isso não quer dizer que a qualquer momento a barragem vai desabafar. "Não posso dizer ainda que há um risco iminente", disse ao portal RedeTV!. Ou seja, é preciso esperar a avaliação dos técnicos para saber as chances de uma nova tragédia.
Mesmo assim, os moradores das comunidades Córrego do Feijão e Tejuco, que ficam na região da mina onde a barragem 6 está sendo avaliada, foram evacuados, e o Corpo de Bombeiros bloqueou o acesso ao local.
Devido a esse trabalho de emergência, as buscas por sobreviventes e corpos, que deveriam ter sido retomadas às 4h deste domingo (27), foram adiadas.
Mortes, resgates e desaparecidos
Até o momento, foram encontrados 37 mortos, oito dos quais já foram identificados. Além disso, 192 pessoas foram resgatadas e 296 estão desaparecidas.
Brumadinho vive, desde a última sexta-feira (25), momentos de pânico devido ao rompimento de uma barragem, e o vazamento de outras duas, da mineradora Vale. Vários pontos da cidade foram cobertas por lama, fazendo vítimas humanas, causando a morte de animais, além do prejuízo ambiental, que ainda não foi calculado.
A fim de cobrir os gastos com o atendimento à população atingida e punir a responsável pelo desastre, a Justiça de Minas Gerais já bloqueou R$ 6 bilhões da Vale, que precisou criar uma conta judicial para que o valor fosse repassado ao governo estadual. Além disso, as atividades da mineradora no município de Brumadinho foram suspensas.
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