Caso Daniel: testemunhas são ouvidas no processo sobre a morte do jogador
Redação/RedeTV! com Agência Brasil(Foto:Divulgação)
A Justiça dá início, nesta segunda-feira (18), às audiências do processo que investiga a morte do jogador Daniel Corrêa, de 24 anos, - brutalmente assassinado em 27 de outubro em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. As oitivas devem se estender até quarta-feira (20).
Ao todo, sete pessoas são rés no processo: Edison Brittes Júnior, que confessou o assassinato, foi denunciado por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, ocultação de cadáver e fraude processual. A esposa dele, Cristiana Brittes, foi denunciada por homicídio qualificado por motivo torpe, fraude processual e coação de testemunha, e a filha do casal, Allana Brittes, por denunciação caluniosa e fraude processual.
Além da família, também foram denunciados Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, David Vollero, Ygor King e Evellyn Brisola Perusso.
A defesa de Ygor King e David chegou a pedir a suspensão da audiência, mas o pedido foi indferido pela juíza Luciani Martins de Paula.
Neste primeiro dia, devem ser ouvidas 10 testemunhas de acusação. Entre elas, a mãe de Daniel, Eliana Aparecida Correa Freiras; a tia do jogador, Iolanda Regina Correa de Assis; e a ex-companheira de Daniel, Bruna Larissa Ferreira Martins.
Laudos do IML
Laudos da Polícia Científica do Paraná e do Instituto Médico-Legal (IML) indicam que o jogador Daniel Corrêa foi morto após receber uma facada no pescoço no dia 27 de outubro. A perícia não concluiu, no entanto, se Daniel foi mutilado enquanto ainda estava vivo.
O diretor do IML, Paulino Pastre, afirmou que a necropsia realizada pela médica legista Regina Gomes constatou que a morte foi causada por “uma degola parcial e chegou a haver exposição da coluna cervical do jogador”.
Apesar disso, não foi possível descobrir se o primeiro corte foi realizado no pescoço ou na genitália de Daniel: “Havia na região amputada coágulos e são evidências de que esta lesão ocorreu muito próximo ao momento da degola, mas não há possibilidade de precisar quanto tempo. Não há possibilidade de se precisar qual lesão ocorreu primeiro, mas é possível que tenha ocorrido muito próximo”.
A faca utilizada por Edison no momento do crime não foi encontrada, mas os peritos garantem que o objeto era “extremamente afiado, por isso foi classificado como extremamente cortante. As lesões não possuem nem uma rugosidade, nem uma irregularidade”, finalizou o diretor do IML.
Mais de uma pessoa na cena do crime
De acordo com o laudo, o corpo do jogador foi carregado por mais de uma pessoa do carro até o local onde foi localizado. A informação contradiz o depoimento de Edison Brittes, que afirmou que agiu sozinho.
O caso
O corpo do jogador de 24 anos foi encontrado na zona rural de Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais, no dia 27 de outubro.
De acordo com a polícia, ele foi morto após uma festa de aniversário da filha do autor confesso do crime. Edison Brittes alegou que assassinou Daniel porque ele teria tentado estuprar sua esposa, Cristiana Brittes. O caso segue em investigação.