Caso Daniel: MP pede prisão preventiva de seis envolvidos com o crime
Redação/RedeTV!(Foto: Reprodução)
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) entrou com pedido de prisão preventiva nesta segunda-feira (26) contra seis dos envolvidos na morte do jogador Daniel Corrêa. A assessoria de imprensa do MP-PR confirmou o pedido.
Com a ação, os indiciados podem ficar presos por tempo indeterminado. Apenas Eduardo Purkote Chiuratto, que teve a prisão temporária revogada, ficou de fora do pedido.
Edison Brittes Júnior, que assumiu a autoria do crime, e os outros cinco estão presos por suspeita de envolvimento com o assassinato, são eles: Cristiana Brittes, Eduardo da Silva, Ygor King, William David da Silva e a filha do casal, Allana Brittes. A justiça ainda não julgou o pedido.
Laudos do IML
Laudos da Polícia Científica do Paraná e do Instituto Médico-Legal (IML) indicam que o jogador Daniel Corrêa foi morto após receber uma facada no pescoço no dia 27 de outubro. A perícia não concluiu, no entanto, se Daniel foi mutilado enquanto ainda estava vivo.
O diretor do IML, Paulino Pastre, afirmou que a necropsia realizada pela médica legista Regina Gomes constatou que a morte foi causada por “uma degola parcial e chegou a haver exposição da coluna cervical do jogador”.
Apesar disso, não foi possível descobrir se o primeiro corte foi realizado no pescoço ou na genitália de Daniel: “Havia na região amputada coágulos e são evidências de que esta lesão ocorreu muito próximo ao momento da degola, mas não há possibilidade de precisar quanto tempo. Não há possibilidade de se precisar qual lesão ocorreu primeiro, mas é possível que tenha ocorrido muito próximo”.
A faca utilizada por Edison no momento do crime não foi encontrada, mas os peritos garantem que o objeto era “extremamente afiado, por isso foi classificado como extremamente cortante. As lesões não possuem nem uma rugosidade, nem uma irregularidade”, finalizou o diretor do IML.
Mais de uma pessoa na cena do crime
De acordo com o laudo, o corpo do jogador foi carregado por mais de uma pessoa do carro até o local onde foi localizado. A informação contradiz o depoimento de Edison Brittes, que afirmou que agiu sozinho.
O caso
O corpo do jogador de 24 anos foi encontrado na zona rural de Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais, no dia 27 de outubro.
De acordo com a polícia, ele foi morto após uma festa de aniversário da filha do autor confesso do crime. Edison Brittes alegou que assassinou Daniel porque ele teria tentado estuprar sua esposa, Cristiana Brittes. O caso segue em investigação.