Câmara Municipal do Rio de Janeiro é alvo de investigações das mortes de Mariellle e Anderson
Redação/RedeTV!
(Foto: Reprodução/Instagram)
A Câmara Municipal do Rio de Janeiro é um dos alvos dos investigadores que trabalham no caso das mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Reportagem publicada na edição desta quarta (21) do jornal O Globo aponta que agentes já estiveram no local em três ocasiões desde a ação dos criminosos, ocorrida na quarta-feira (14).
De acordo com a publicação, oficiais compareceram à Casa na terça (20) para efetuar buscas de imagens das câmeras de segurança que monitoram as áreas interna e externa. Os agentes também teriam conversado com vigilantes que trabalham no local.
O caso
Marielle foi morta após participar um evento que reunia jovens negras, na Lapa, no centro do Rio, na noite de 14 de março. Ela estava com a assessora e o motorista do carro, Anderson Pedro Gomes, que também faleceu, quando o veículo foi emparelhado foi outro e alvejado por ao menos 13 tiros.
A vereadora foi atingida por quatro tiros na cabeça. Anderson, que era casado e tinha um filho pequeno, recebeu pelo menos três disparos nas costas. A assessora acabou atingida por estilhaços e não sofreu ferimentos mais graves.
A perícia apontou que todos os disparos foram efetuados por arma de calibre 9 mm e que a munição utilizada fazia parte de lotes vendidos para a Polícia Federal. Nove cápsulas foram encontradas no local.
A polícia trabalha com a suspeita de execução e acredita que o veículo foi perseguido por cerca de 4 km. As autoridades ainda apuram se um segundo carro teria participado dos assassinatos.
Marielle, de 38 anos, era uma conhecida ativista do movimento negro, defensora de minorias sociais e crítica da violência policial no Rio, além de ter sido a quinta vereadora mais votada nas eleições de 2016. Desde 28 de fevereiro, ela atuava como relatora de uma comissão da Câmara dos Vereadores criada para fiscalizar a intervenção federal no Rio.