Em temporada brilhante, Neymar diz que teve dia mais feliz da carreira com título
/Agência Estado(Foto: Reuters)
Quando Neymar explodiu no Santos, em 2010, os céticos diziam que para provar que era craque mesmo ele precisaria brilhar no futebol europeu. Depois do que ele fez nesta temporada, é difícil não se render ao seu talento. A conquista da tríplice coroa - Campeonato Espanhol, Copa do Rei e, neste sábado, a Liga dos Campeões da Europa com a vitória sobre a Juventus por 3 a 1 - comprova isso.
"Estou muito feliz por fazer parte da história, agora não tem mais o que falarem de mim e está aí a história que estamos fazendo. Não quero ficar por aí. Hoje (sábado) é o maior momento da minha carreira e esse dia vai ficar para a história", disse o craque brasileiro logo após o jogo em Berlim.
Em seu segundo ano no Barcelona, ele se soltou. Deixou de lado a reverência por Messi, que o levava a se preocupar mais em dar a bola para o argentino do que em tentar a jogada individual ou a finalização, e se tornou um goleador capaz de decidir jogos. Foram 39 gols em 51 jogos, contra os 14 em 45 que fez na primeira temporada.
Ele foi o artilheiro da Copa do Rei com sete gols, marcou 10 na Liga dos Campeões (artilheiro ao lado de Messi e Cristiano Ronaldo, do Real Madrid) e fez 22 no Campeonato Espanhol. No mata-mata da competição continental, foi o goleador do time com seis gols (Suárez fez quatro e Messi, dois).
Além dos gols, Neymar foi importante por suas jogadas de linha de fundo e por carregar seus marcadores com cartões. Seu entrosamento com os outros integrantes do "MSN" (a sigla pela qual ficou conhecido o trio de ataque) melhorou a cada jogo e eles terminaram a temporada com 122 gols.
Neymar mostrou maturidade para não se abalar com o noticiário extracampo. Sua polêmica transferência do Santos para o clube catalão é alvo de investigação por parte da Justiça espanhola e o assunto rendeu muitas matérias.
Em grande fase e com a cabeça tranquila, Neymar vai se juntar nesta segunda-feira à seleção brasileira. E é o trunfo de Dunga para ganhar a Copa América, no Chile, e recuperar um pouco do prestígio que o Brasil perdeu com os vexames que deu no Mundial do ano passado.