Rodrigo Maia exclui pacote anticrime de Sérgio Moro de agenda na Câmara
Redação RedeTV!"A minha agenda é a reforma da Previdência", disse Maia sábado (23)
(Foto: Agência Brasil)
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, deu a entender que deixou de fora o projeto anticrime proposto pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, da agenda da Casa.
"A minha agenda é a reforma da Previdência", disse Maia no sábado (23) após encontro com o governador de São Paulo, João Doria.
Na manhã deste domingo (24) o assunto era um dos mais comentados pelos brasileiros no Twitter.
Moro enviou seu pacote anticrime em fevereiro, antes do projeto da reforma da Previdência, e esperava agilidade no andamento do caso.
"Depois da Previdência a nossa agenda é a reforma tributária e a repactuação do Estado brasileiro. É isso que queremos fazer. De que forma o governo vai ou não participar não é um problema meu, é um problema do Executivo", disse Maia após o almoço, sem citar o pacote de Moro. "Esse é o grande objetivo de todos no Brasil, organizar as contas do Estado brasileiro", afirmou.
Na última quarta-feira (20), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, fez críticas ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e afirmou que ele "conhece pouco a política".
Rodrigo Maia fora questionado por jornalistas a respeito do pacote anticrime, proposto pelo ministro Moro e em tramitação na Câmara desde fevereiro, que prevê o combate ao crime organizado, corrupção e crimes violentos. Maia então chamou Sérgio Moro de "funcionário do presidente Bolsonaro", e garantiu que o projeto anticrime é um "copia e cola" de outra proposta, feita inicialmente pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, em 2018. "Não tem nenhuma novidade, poucas novidades no projeto dele. Vamos pensar um ou outro. O projeto prioritário é o do ministro Alexandre de Moraes. No momento adequeado, depois que tiver votada a Previdência a gente vai votar o projeto dele".
Questionado por um dos jornalistas se estava irritado com Sérgio Moro, Maia disse que o colega "conhece pouco a política": "Eu sou presidente da Câmara, ele é ministro, funcionário do presidente Bolsonaro. O presidente Bolsonaro é quem tem que dialogar comigo. Ele [Moro] está confundindo as bolas, ele não é presidente da República, não foi eleito pra isso. Está ficando uma situação ruim pra ele pois ele está passando daquilo que é responsabilidade dele", concluiu Rodrigo Maia.