Lava Jato: Controlador do Grupo Petrópolis se entrega à PF em Curitiba
Redação/RedeTV! com Agência BrasilControlador do Grupo Petrópolis era alvo de prisão preventiva
O empresário Walter Faria, controlador do Grupo Petrópolis, se entregou à Polícia Federal (PF), em Curitiba, nesta segunda-feira (5), após ser alvo da 62ª fase da Operação Lava Jato - que foi deflagrada na última quarta-feira (31).
A operação denominada Rock City foi realizada em cooperação com o Ministério Público Federal e a Receita Federal. A 13ª Vara Federal de Curitiba, no Paraná, responsável pela força-tarefa, expediu um mandado de prisão preventiva, cinco mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão. Eles estão sendo cumpridos em 15 municípios nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Também foi determinado o bloqueio de ativos financeiros dos investigados.
O mandado de prisão preventiva havia sido emitido para Faria, que não foi localizado em casa na data de busca.
Envolvimento com Odebrecht
Um dos executivos da Odebrecht, em colaboração premiada, afirmou que utilizou o Grupo Petrópolis para realizar doações de campanha eleitoral para políticos de outubro de 2008 a junho de 2014, o que resultou em dívida não contabilizada pela empreiteira com o grupo investigado, no valor de R$ 120 milhões. Em contrapartida, a Odebrecht investia em negócios do grupo.
A suspeita da força-tarefa da Lava Jato é que offshores relacionadas à empreiteira realizavam – no exterior – transferências de valores para offshores do Grupo Petrópolis, o qual disponibilizava dinheiro em espécie no Brasil para realização de doações eleitorais.
Também foi apurado que um dos executivos do Petrópolis utilizou o programa de repatriação de recursos do exterior de 2017 para trazer R$ 1,3 bilhão ao Brasil. Contudo, de acordo com a PF, há indícios de que essa movimentação tenha sido irregular e que os recursos seriam provenientes da prática de “caixa dois” na empresa.
Para a PF, o esquema desenvolvido com o Grupo Petrópolis é uma das engrenagens do aparato montado pela Odebrecht para movimentar valores ilícitos.
O nome da operação traduzido para o português é "Cidade de Pedra”, significado que remete ao nome do grupo investigado.
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