Sergei Lavrov diz que Rússia não quer guerra na Europa
Redação RedeTV!“Chamo sua atenção para o fato de que é o Ocidente que está constantemente dizendo que, nessa situação, é necessário derrotar a Rússia", disse o ministro russo
(Foto: AP)
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta quarta-feira (11) que seu país não quer a guerra na Europa, mas que os países do Ocidente causaram o conflito por conta da campanha militar na Ucrânia. As informações são da Reuters.
“Chamo sua atenção para o fato de que é o Ocidente que está constantemente dizendo que, nessa situação, é necessário derrotar a Rússia. Tire suas próprias conclusões”, disse Lavrov em entrevista. O diplomata se refere à ajuda militar que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) tem fornecido ao governo ucraniano.
Expansão da Otan
Entre uma das causas da guerra na Ucrânia, está o fato do país ter cogitado aderir à Otan. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, informou que a Rússia está atenta para qualquer situação que possa afetar a configuração das fronteiras da aliança militar do Ocidente.
A informação de que a Suécia e Finlândia podem abandonar um status militar neutro histórico chega de forma ameaçadora à Rússia. Os dois países devem decidir sobre a adesão ainda neste mês.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.
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