Papa fala sobre caso Floyd e diz que racismo é intolerável
ANSANo entanto, Pontífice afirmou que a violência nos atos é errada
(Foto: divulgação/Santa Sé)
(ANSA) - Durante a audiência geral desta quarta-feira (3), o papa Francisco falou sobre a morte do norte-americano George Floyd, 46 anos, e sobre os protestos contra o racismo nos Estados Unidos desde o dia 25 de maio.
"Caros irmãos e irmãs dos Estados Unidos, sigo com grande preocupação as dolorosas desordens sociais que estão ocorrendo em sua nação nesses dias após a trágica morte do senhor George Floyd. Caros amigos, não podemos tolerar nem fechar os olhos sobre qualquer tipo de racismo ou de exclusão e fingir defender a santidade de cada vida humana", disse durante a cerimônia, que atualmente é transmitida por streaming por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
O Pontífice, porém, afirmou que "ao mesmo tempo, precisamos reconhecer que a violência das últimas noites é autodestrutiva e sabotadora" e rezou por todas as vítimas de crimes raciais no país.
"Nada se ganha com a violência e muito se perde. Hoje, uno-me à igreja de Saint Paul e a Minneapolis, e a todos os Estados Unidos, para rezar pelo descanso da alma de George Floyd e de todos aqueles que perderam suas vidas por causa do pecado do racismo", ressaltou Francisco finalizou o apelo rezando "pelo conforto das famílias e dos amigos com o coração partido" e "pela reconciliação nacional e a paz que desejamos".
"Que Nossa Senhora de Guadalupe, mãe da América, interceda por todos aqueles que trabalham pela paz e a justiça na vossa terra e no mundo. Deus abençoe a todos vocês e as suas família", finalizou.
A morte de Floyd pelo policial branco Derek Chauvin durante uma abordagem no dia 25 do mês passado causou uma série de manifestações por todo o país e reacendeu o debate sobre o racismo na sociedade norte-americana. Além do agente, que foi preso após dias de protestos, outros três que acompanharam a ação foram demitidos - mas estão em liberdade.
Floyd morreu após Chauvin ficar por quase 10 minutos com o joelho no pescoço dele, mesmo com os alertas de que ele não estava conseguindo respirar - tanto da vítima como de pessoas que filmavam a ação. (ANSA)
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