Mais de 900 civis morreram desde o início da guerra na Ucrânia
Redação RedeTV!A informação é do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH)
(Foto: Divulgação/Acnur Brasil)
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) informou neste domingo (20) que a invasão da Rússia na Ucrânia já causou a morte de 902 civis.
Ainda de acordo com a agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), quase 1.500 ficaram feridos. A maioria das mortes foi causada por explosões de bombas, bombardeios de artilharia pesada, mísseis, ataques aéreos e lançamento múltiplo de foguetes.
Informações da agência de notícias internacionais Reuters, destacam que o número pode ser ainda maior já que o ACNUDH ainda não conseguiu verificar os dados de diversas cidades afetadas pela guerra.
De acordo com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, desse total de mortos, 112 são crianças.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.
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