Copom define taxa de juros básicos para 13,25% ao ano
Redação RedeTV! com Agência BrasilPrimeira redução da Taxa Selic em três anos
(Foto: Agência Brasil)
A forte queda da inflação nos últimos meses fez o Banco Central (BC) reduzir a taxa básica de juros, a Selic. Nesta quarta-feira (2), a Comitê de Política Monetária (Copom) definiu a taxa Selic, em 13,25% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros e pelo governo.
Como a taxa continua no maior nível desde janeiro de 2017, em 13,75% ao ano, o BC interrompeu o ciclo de altas na última reunião. Os juros no país eram criticados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde o início de seu terceiro mandato.
Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a expectativa era que a taxa básica caísse 0,25 ponto percentual, para 13,5% ao ano. A expectativa do mercado financeiro é que a Selic encerre o ano em 12% ao ano.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (2) que os juros do cartão de crédito rotativo vão cair, mas que as taxas devem permanecer altas até que o governo chegue a um consenso com os bancos e a um "sistema mais saudável".
“Vai cair. Quando eu falo gradualmente, não é que vai cair de 430% para 420%. Vai cair muito, mas, mesmo caindo muito, vai continuar alto por um tempo até a gente cumprir uma transição. O que vamos contratar no sistema bancário é uma transição para um sistema que seja mais saudável do que esse”, disse Haddad na ocasião.
Inflação
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em junho, o indicador ficou negativo em 0,08% e acumula 3,16% em 12 meses . Nos últimos dois meses, a inflação vem caindo por causa dos alimentos e dos combustíveis.
O índice fechou o ano passado acima do teto da meta de inflação. Para 2023, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,75% nem ficar abaixo de 1,75% neste ano.
No Relatório de Inflação divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que o IPCA fecharia 2023 em 5% no cenário base. A projeção, no entanto, pode ser revista para baixo na nova versão do relatório, que será divulgada no fim de setembro.
As previsões do mercado estão mais otimistas que as oficiais. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,84%. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 4,98%.
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