26/04/2017 16:35:00 - Atualizado em 26/04/2017 16:51:00

Rinoceronte-branco macho ganha conta no Tinder para salvar espécie

Redação/RedeTV!

Foto: Reprodução/Twitter

Sentir-se solitário e a procura de um amor não é um sentimento exclusivo dos seres humanos. Nesta terça-feira (25), Sudan, o último rinoceronte-branco macho do norte, ganhou uma conta no aplicativo de namoro Tinder após tentativas frustradas de reprodução com outras duas fêmeas da espécie.

Embora o tom de brincadeira, o perfil do simpático mamífero expõem uma questão para lá de séria: a luta contra a extinção dos rinocerontes-brancos. "Esse é o último rinoceronte-branco macho vivo. Escorregue para a direita para ajudá-lo a achar um par", diz a mensagem que agora pode ser visualizada por usuários de todo o mundo, incluindo o Brasil.

"Sou único. Sério, sou o último macho de rinoceronte-branco no planeta Terra. Não quero me gabar, mas o destino da minha espécie literalmente depende de mim. Tenho uma boa performance sob pressão. Gosto de comer mato e relaxar na lama. Sem problemas, 1,80 de altura e 2 toneladas, se você se importa", informa a mensagem enviada aos usuários assim que é dado o "match".

A campanha que busca arrecadar US$ 9 milhões, o equivalente a mais de R$ 28 milhões, tem como objetivo alavancar pesquisas sobre técnicas de reprodução assistida, já testadas antes em rinocerontes-brancos do sul. Pesquisadores pretendem agora avançar os estudos e realizar pela primeira vez na espécie do norte. De acordo com Richard Vigne, CEO da ONG "Ol Pejeta Conservancy", responsável pela campanha, a técnica pode ser a única para salvar a espécie já que tentativas de reprodução natural não deram certo.

"A situação que os rinocerontes-brancos do Norte enfrentam atualmente é um sinal para o impacto que a humanidade está tendo em milhares de outras espécies em todo o planeta. O nosso objetivo é reintroduzir uma população viável dessa subespécie de volta para a natureza. Salvar o rinoceronte-branco do norte é fundamental se quisermos, um dia, reintroduzir a espécie na África Central", explicou Richard.

"Eles têm traços genéticos únicos, que os capacitam a viver nesta parte da África. Por último, o desejo de reintroduzir uma população viável do rinoceronte-branco do norte na natureza é onde mora o verdadeiro valor do que será realizado", completou.

Atualmente, Sudan vive ao lado das últimas duas fêmeas da espécie Fatu e Najín em um espaço de preservação natural da ONG no Quênia. De acordo com informações do jornal inglês "Daily Mail", a segurança é reforçada para proteger os animais de caçadores que buscam seus cifres, extremamente valorizados no merca negro e ditos como afrodisíacos.

Foto: Reprodução/Twitter

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