13/07/2016 10:57:00 - Atualizado em 13/07/2016 11:08:00

Panfletos pedem proibição de cães e gera polêmica na Inglaterra

Redação RedeTV!

(Foto: Reprodução/Facebook)

Panfletos que pedem a proibição de cães em espaços públicos por serem animais "impuros" estão causando polêmica entre os moradores de Manchester, na Inglaterra.

De acordo com as informações do Metro, o grupo da campanha "For Public Purity" (Pela pureza pública, em tradução livre) afirma que cachorros são considerados "impuros" para os muçulmanos, que são grande parte dos moradores da cidade. Por isso, o grupo considera nada mais justo que respeitar a comunidade.

Um trecho do texto que está sendo distribuído pela cidade diz: "Por favor, tenham respeito por nós [muçulmanos] e por nossas crianças. Limitem a presença de cachorros na esfera pública".

Mas para Fayyaz Ali, muçulmano que mora na região, a campanha é uma "farsa". "Isso tem que ser falso. Eu sou um muçulmano e a lei muçulmana diz que, se você vive em um país que não é muçulmano, caso da Inglaterra, você deve respeitar a lei daquela terra", explicou Fayyaz, que é dono de uma cadela. "A lei muçulmana não se aplica em nenhum país diferente. Por exemplo, meus pais são do Paquistão. Se eu tivesse algum problema em viver aqui, eu deveria voltar para o Paquistão e viver lá", completou.

Para Clifton Green, de 36 anos, a intenção dos panfletos é fazer as pessoas ficarem contra o Islã. "Estou um pouco preocupado. Tenho amigos muçulmanos e colegas de trabalho. O grupo que fez os panfletos diz como as pessoas devem viver suas vidas. Ninguém deveria fazer isso", disse.

O discurso de Green foi reforçado pelo vereador Naeem Hassan, que também duvida que a campanha tenha sido criada por algum grupo de muçulmanos. "Acho que é alguém querendo dividir nossa comunidade. Quero pedir para as pessoas apenas ignorarem isso".

Pelo Facebook, a "For Public Purity" acentuou a campanha em uma publicação que chegou a mais de 3,9 mil curtidas.

Clifton Green condenou o folheto (Foto: Reprodução/MEN)

(Foto: Reprodução/Twitter)

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