21/07/2016 10:04:00 - Atualizado em 21/07/2016 10:10:00

Galinhas podem ajudar a prevenir a malária, diz estudo

Redação RedeTV!

As galinhas podem servir como repelentes do mosquito transmissor (Foto: Divulgação)

Pesquisadores da Universidade Sueca de Ciências Agrícolas e da Universidade de Addis Ababa, que fica na Etiópia, descobriram que as galinhas podem ajudar na prevenção da malária.

De acordo com o estudo, publicado no Malaria Journal, manter uma galinha viva em casa pode ajudar a afastar os mosquitos transmissores da doença, porque eles são repelidos pelo odor desses animais.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores coletaram informações sobre moradores de três vilas na Etiópia e seus animais de estimação. Assim, eles concluíram que as galinhas criam uma "bolha de odor" que afasta os mosquitos da espécie Anopheles arabiensis (a principal transmissora da doença). Além disso, suspender uma gaiola com uma galinha perto da cama teve um efeito semelhante ao de repelentes.

Eles ainda descobriram que os mosquitos preferem sangue humano ao animal, mas que, na ausência de pessoas, eles atacam gado bovino, cabras ou ovelhas. Mas nunca se aproximam de galinhas.

"A diferença entre esse repelente natural e os que estão disponíveis no mercado é que esse atua em uma escala muito grande", explica o professor Richard Ignell, da universidade sueca. "A maioria dos repelentes só funciona depois que o mosquito pousa em você, mas sabemos que isso [as galinhas] pode proteger 95% da população de uma casa inteira, então é muito eficiente", acrescenta.

Ao Telegraph, o professor ainda afirmou que acredita que as galinhas podem ajudar também na prevenção ao Aedes aegypti, mosquito transmissor do zika vírus, mas destaca que, por enquanto, não é possível provar essa hipótese: "Nós ainda não testamos isso com outros mosquitos, mas há uma muitos deles que não se alimentam de galinhas e, assim, seriam repelidom por elas".

Casos pelo mundo

Em 2015, a malária matou 438 mil pessoas em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A área mais atingida é a África Subsaariana, região onde fica a Etiópia, com cerca de 88% dos casos e 90% das mortes. No Brasil, a doença atingiu mais de 143 mil pessoas em todo o Brasil no mesmo período, segundo dados recentes do Ministério da Saúde.

De acordo com a OMS, quase a metade da população mundial – o que equivale a 3,2 bilhões de pessoas – ainda corre o risco de contrair a doença.

A malária é uma doença infecciosa potencialmente grave, causada pelo parasita do gênero Plasmodium, transmitido ao homem na maioria das vezes pela picada de mosquitos do gênero Anopheles infectados. No entanto, também pode ser transmitida pelo compartilhamento de seringas, transfusão de sangue ou até mesmo da mãe para feto, na gravidez.

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