Rio tem maior número de mortes cometidas por policiais da história
Redação/RedeTV!Levantamento mostrou 1.546 mortos por intervenção policial
Dados divulgados nesta segunda-feira (25) pelo ISP (Instituto de Segurança Pública) apontam que o Rio de Janeiro teve neste ano o maior número de mortos em confrontos policiais desde que isso passou a ser contabilizado - em 1998.
De acordo com o levantamento, policiais foram responsáveis por 1.546 mortes somente neste ano. O número supera as 1.534 mortes registradas em 2018.
Com o número, tem ocorrido, em média, cinco mortes por dia cometidas pelas forças policiais. Caso esse nível seja mantido, o número de vítimas fatais pode chegar a 1,8 mil pessoas mortas por intervenção policial.
Comentando o balanço do ISP, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, defendeu, em posts no Twitter, que a "política de segurança tem mostrado, mês após mês, que estamos no caminho certo".
"Muitas vidas foram salvas pela atuação das nossas forças de segurança", acrescentou . Sempre acreditei que ao dar autonomia e recursos às polícias, os resultados iam surgir. É assim que vamos seguir", concluiu.
2 – Se compararmos somente os meses de outubro de 2019 e 2018, houve redução de 17% no número de homicídios dolosos, 18% no indicador de crimes violentos letais intencionais, 36% nos latrocínios, 11% nos roubos de carga, 15% nos roubos de rua e 29% nos roubos de veículo.
— Wilson Witzel (@wilsonwitzel) November 25, 2019
Caso Ághata é exemplo
(Foto: Reprodução/Facebook)
A menina Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, foi uma das vítimas de ação policial no Rio de Janeiro. A conclusão é resultado de um inquérito sobre o caso, que foi divulgado na última terça-feira (19).
Ela foi atingida por um tiro no momento em que um policial tentou balear dois criminosos que passavam em uma moto, na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão, no dia 20 de setembro.
Segundo a polícia, houve um erro por parte do policial lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Fazendinha. O inquérito teve como base depoimentos de testemunhas, de policiais militares em serviço que estavam no local do crime, de perícias e o laudo da reprodução simulada feita no dia 1º de outubro.
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