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25/03/2025 12:44:00 - Atualizado em 25/03/2025 12:51:00

Bolsonaro acompanha julgamento do golpe presencialmente: "faz questão de enfrentar", afirma advogado

Wellison Sales - Redação RedeTV!

Processo pode tornar ex-presidente réu por tentativa de golpe; entenda o caso

(Foto: Antonio Augusto/STF)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu nesta terça-feira (25) ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, para o julgamento que pode torná-lo réu por tentativa de golpe de Estado.

A presença de Bolsonaro foi antecipada por seu advogado, Paulo Cunha Bueno, que afirmou que o ex-presidente faz questão de enfrentar o que classificou como "acusação injusta e absurda".

"O [ex-]presidente Bolsonaro faz questão de enfrentar a acusação injusta e absurda que hoje fazem contra ele, comparecendo pessoalmente aos atos do processo... Sempre demonstrando sua indignação e repúdio às imputações mentirosas contra as quais tem sido obrigado a se defender", disse Bueno ao g1 nesta manhã.

O julgamento ocorre na 1ª Turma do STF, composta pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia. A defesa dos réus tentou barrar a participação de Zanin, Moraes e Dino, mas os pedidos foram negados, representando um revés para a estratégia bolsonarista de pressionar contra o andamento do julgamento.

O que acontece se a denúncia for aceita pelo STF?

Caso a denúncia seja aceita, Bolsonaro será o primeiro ex-presidente a se tornar réu por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa. Caso contrário, a acusação será arquivada.

Além do ex-presidente, outros sete aliados são alvos da ação, incluindo ex-ministros e integrantes do alto escalão do governo Bolsonaro:

  • Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  • Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF;
  • General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Mauro Cid, ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

Os oito são acusados de cometer cinco crimes: golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

O julgamento segue em andamento no STF, com desdobramentos que podem levar até dois dias para serem concluídos.

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