Bolsonaro acompanha julgamento do golpe presencialmente: "faz questão de enfrentar", afirma advogado
Wellison Sales - Redação RedeTV!Processo pode tornar ex-presidente réu por tentativa de golpe; entenda o caso
(Foto: Antonio Augusto/STF)
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu nesta terça-feira (25) ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, para o julgamento que pode torná-lo réu por tentativa de golpe de Estado.
A presença de Bolsonaro foi antecipada por seu advogado, Paulo Cunha Bueno, que afirmou que o ex-presidente faz questão de enfrentar o que classificou como "acusação injusta e absurda".
"O [ex-]presidente Bolsonaro faz questão de enfrentar a acusação injusta e absurda que hoje fazem contra ele, comparecendo pessoalmente aos atos do processo... Sempre demonstrando sua indignação e repúdio às imputações mentirosas contra as quais tem sido obrigado a se defender", disse Bueno ao g1 nesta manhã.
O julgamento ocorre na 1ª Turma do STF, composta pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia. A defesa dos réus tentou barrar a participação de Zanin, Moraes e Dino, mas os pedidos foram negados, representando um revés para a estratégia bolsonarista de pressionar contra o andamento do julgamento.
O que acontece se a denúncia for aceita pelo STF?
Caso a denúncia seja aceita, Bolsonaro será o primeiro ex-presidente a se tornar réu por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa. Caso contrário, a acusação será arquivada.
Além do ex-presidente, outros sete aliados são alvos da ação, incluindo ex-ministros e integrantes do alto escalão do governo Bolsonaro:
- Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
- Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF;
- General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Mauro Cid, ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
Os oito são acusados de cometer cinco crimes: golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
O julgamento segue em andamento no STF, com desdobramentos que podem levar até dois dias para serem concluídos.
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