11/05/2018 07:47:00 - Atualizado em 11/05/2018 07:48:00

Reconstituição de ataque a Marielle Franco é concluída após cinco horas

Redação/RedeTV! com Agência Brasil

Reconstituição do assassinato de Marielle e Anderson (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Após quase dois meses do crime, a reconstituição dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes foi realizada entre a noite de quinta (10) e a madrugada desta sexta-feira (11) e foi concluída depois cinco horas.

 De 23h às 4h25, peritos e testemunhas participaram da simulação do ataque a tiros contra as vítimas, reproduzindo detalhes do que a polícia acredita ter acontecido na noite de 14 de março, no bairro do Estádio, no Rio de Janeiro.

Para confirmar a hipótese de que os assassinos usaram uma submetralhadora MP5, da fabricante alemã HK, e que tratavam-se de criminosos com alto grau de habilidade com o equipamento, foram disparados tiros com os mesmos modelos de arma em seis momentos diferentes, entre 2h50 e 4h.

A assessora de Marielle, única sobrevivente do ataque, estava entre as testemunhas que participaram da reconstituição. Pessoas que estavam próximas ao local na noite do crime também fizeram parte da simulação.

O delegado Giniton Lages, responsável pela investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco, não confirmou as informações vazadas pela mídia, sobre as denúncias de um delator, envolvendo milicianos, policiais e até um vereador no homicídio.

"Dados sobre a investigação seguem em sigilo. Alguns dados e outros que não pertencem à investigação, que acabaram divulgados por uma ou outra mídia, a Divisão de Homicídios continuará cumprindo o seu protocolo, de não confirmar nenhuma informação apresentada por qualquer mídia. A investigação não pode abrir mão do absoluto sigilo", disse Giniton.

O delegado acompanhou a reconstituição do assassinato, no bairro do Estácio, que teve várias ruas bloqueadas ao trânsito de veículos e pessoas. O local foi isolado por uma barreira alta de lona preta, a fim de que ninguém tivesse acesso visual à reconstituição. O principal motivo é dar segurança a quatro testemunhas.

Um delator informou à polícia que a morte de Marielle foi tramada pelo vereador Marcelo Siciliano (PHS) e o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como Orlando Curicica, atualmente preso em Bangu 9. Ambos negaram enfaticamente envolvimento no crime e Curicica divulgou uma carta revelando inclusive o nome do delator, que era mantido em sigilo, que seria um PM da ativa.

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