06/08/2019 08:17:00 - Atualizado em 06/08/2019 10:42:00

Polícia Federal faz operação para combater núcleo financeiro do PCC

Redação/RedeTV!

'Operação Cravada' cumpre 55 mandados de busca e apreensão e 30 mandados de prisão

A Polícia Federal realiza na manhã desta terça-feira (06), uma operação para desarticular o núcleo financeiro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O grupo, que atuava nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais, era responsável por recolher, gerenciar e distribuir dinheiro para o financiamento de crimes.

A chamada 'Operação Cravada' cumpre 32 mandados de prisão e 55 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara Criminal de Piraquara, no Paraná. Oito destes são contra presos localizados no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Até às 10h30 desta terça, 28 pessoas foram presas - 26 por mandados e duas em flagrante.

Operação mira núcleo financeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) - (Foto: Divulgação/Polícia Militar)

Operação Cravada

De acordo com a PF, a investigação começou em fevereiro deste ano, quando foi identificado a existência de um núcleo financeiro da facção dentro da Penitenciária Estadual de Piraquara, em Curitiba. Esse grupo recolhia e gerenciava as contribuições -chamadas de "rifas- para o PCC em todo o País.

A investigação mostrou que o núcleo repassava o dinheiro à organização criminosa por meio de contas bancárias -ao menos 400 em todo o Brasil- para a compra de armas e drogas, além de arcar com os custos da estadia de integrantes do PCC na prisão e de familiares perto dos presídios onde os membros estão detidos.

A movimentação financeira de R$ 1 milhão mensalmente nessas contas era feita de forma intercalada e com o uso de medidas, visando dificultar o rastreamento, segundo a PF. A comunicação entre o núcleo e os criminosos era feita por meio de bilhetes levados por familiares dos presos.


Controle das atividades financeiras eram feitos por meio de bilhetes levados por familiares de presos - (Foto: Divulgação/Polícia Militar)

A Operação Cravada foi deflagrada em parceria com o Departamento Penintenciário Federal, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime) de São Paulo, o Ministério Público do Paraná, a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo e a Polícia Militar de São Paulo. 

Cerca de 400 contas bancárias investigadas foram bloqueadas, segundo informa a PF. Os suspeitos podem responder por tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa, entre outros.

Os mandados são cumpridos por 180 agentes em 23 cidades diferentes:

Paraná

- Piraquara
- Curitiba
- São José dos Pinhais
- Paranaguá
- Centenário do Sul
- Arapongas
- Londrina
- Umuarama
- Pérola
- Tapejara
- Cascavel
- Guarapuava


São Paulo

- São Paulo
- Itapeva
- Praia Grande
- Osasco
- Itaquequecetuba
- Hortolândia

Minas Gerais

- Uberlândia


Mato Grosso do Sul 

- Dourados


Acre 

- Rio Branco


Roraima 

- Boa Vista


Pernambuco 

- Caruaru


Nome da operação

Batizada de 'Operação Cravada', o nome da ação faz referência a uma jogada de xadrez em que uma peça, quando ameaçada de captura pelo adversário, fica impossibilitada de se mover, em razão de haver uma peça de maior valor em risco.


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