MPF pede prisão de 4 PMs acusados de tráfico de drogas e corrupção no CE

Tiroteio ocorreu em universidade do Ceará (Foto: Reprodução/Twitter)

O MPF (Ministério Público Federal) pediu a prisão preventiva de quatro PMs (policiais militares) envolvidos em uma ação que terminou em troca de tiros na tarde da última quarta-feira (13) na faculdade Estácio de Sá, em Fortaleza (CE). Os quatro policiais são suspeitos de praticar crimes previstos em seis artigos do código penal e da lei do tráfico de entorpecentes. 

De acordo com o MPF, os PMs Rodrigo de Oliveira Lima, Roberto Fernandes da Silva e Elano Jamidean Morais de Oliveira são investigados pela prática de tráfico de drogas e corrupção ativa. Já o policial Higor Kaleb Scarcella Pereira responderá pelos mesmos crimes, além de tentativa de homicídio. 

Os policiais Rodrigo de Oliveira Lima e Elano Jamidean Morais de Oliveira foram presos em flagrante durante a comercialização de entorpecentes, na tarde do último dia 13. A prisão foi realizada por uma equipe de policiais federais que já investigava suposta prática de tráfico de drogas por um dos acusados. 

As investigações, conduzidas pela PM (Polícia Federal), apontaram que Rodrigo de Oliveira Lima seria integrante de um esquema criminoso relacionado ao tráfico de entorpecentes, já tendo sido preso, em 2013, pela prática de tráfico de drogas. 

No momento em que os agentes federais davam voz de prisão aos PMs na última quarta-feira, foram surpreendidos pelo policial militar Higor Kaleb Scarcella, que efetuou vários disparos em direção aos policiais federais. Daí o pedido de prisão preventiva de Higor Scarcella por tentativa de homicídio. 

As investigações ainda apontaram que o PM Roberto Fernandes da Silva utilizaria R$ 6,8 mil para corromper os agentes da Polícia Militar que haviam flagrado o ato criminoso praticado por Rodrigo de Oliveira Lima. 

O MPF, em nota, defende que “a prisão preventiva dos acusados é fundamental como garantia da ordem pública e da instrução criminal, já que, além dos policiais Elano Jamidean Morais de Oliveira e Higor Kaleb Scarcella Pereira terem utilizado a função pública exercida para viabilizar a prática do tráfico de drogas, a manutenção da prisão dos réus ainda é fundamental para a regular instrução criminal, especialmente, colheita de provas”.

Após tiroteio, área teve reforço (Foto: Reprodução/Twitter)