MP do Amazonas pede que contratos de administradoras de presídios sejam quebrados
Redação RedeTV!O Ministério Público de Contas do Amazonas protocolou na tarde desta quarta-feira (4) um pedido ao Tribunal de Contas para que os contratos com duas empresas que administram os presídios do Estado sejam quebrados. A alegação é de que há indícios de irregularidades como superfaturamento, mal uso do dinheiro público, conflito de interesse e gestão ineficaz.
O procurador Ruy Marcelo Alencar, em seu pedido, alega que a rebelião provocou repercussão mundial e que já havia alertado, em junho e em dezembro de 2016, que havia suspeitas sobre os contratos.
Nosso especialista em segurança, Jorge Lordello, comenta o caso:
Valores
A Umanizzare administra 5 presídios do Amazonas e a Multi Serviços Administrativos, a penitenciária feminina de Manaus. Elas receberam R$ 400 milhões em 2016 do governo.
O governo também não pode transferir sua total responsabilidade da administração prisional para empresas, já que questões do sistema penitenciário são de responsabilidade do Estado.
Segundo o procurador, o Amazonas paga à Umanizzare R$ 4.709,78 por mês por preso do Complexo Penitenciário Anísio Jobim, o mesmo da rebelião, "sem a devida contrapartida de serviços proporcionais, inclusive por presos extras".
Em novembro de 2016, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, afirmou que o preço médio de um detento no Brasil é de R$ 2,4 mil por mês.