Justiça mantém prisão de 9 militares acusados de matar músico no Rio
Redação/RedeTV! com Agência BrasilAudiência de custódia aconteceu nesta quarta
(Foto: Reprodução/Facebook)
A Justiça Militar determinou nesta quarta-feira (10) que nove dos dez militares presos em flagrante pela morte do músico Evaldo Rosa dos Santos continuem detidos em prisão preventiva. A audiência de custódia foi realizada na tarde de hoje e a decisão foi da juíza Mariana Aquino de Campos, da 1ª Auditoria da Justiça Militar.
Suspeito de ter participado da ação, o soldado Leonardo Delfino Costa negou ter atirado e foi liberado. As investigações contra ele, no entanto, continuam. Os 10 foram presos em flagrante por descumprir as regras de engajamento, mas o Ministério Público Militar pediu que apenas nove continuassem presos. As regras de engajamento orientam a atuação dos militares, com restrições como só atirar em oponentes claramente identificados e mirar membros inferiores.
A juíza federal Mariana Queiroz Aquino Campos decretou as prisões preventivas pelo desrespeito à hierarquia na quebra dessas regras e ressaltou que a audiência de custódia não julga o mérito dos casos. Ao pedir a prisão preventiva, o Ministério Público Militar se manifestou também pela inclusão dos artigos de homicídio doloso e de tentativa de homicídio nas prisões.
O músico Evaldo dos Santos Rosa foi morto em uma operação do Exército, em Guadalupe, na zona oeste da cidade. O carro em que estava a família foi atingido por mais de 80 tiros disparados pelos militares. Evaldo, a mulher, o filho de 7 anos, o sogro e uma amiga da família estavam indo para um chá de bebê.
O músico foi atingido por três tiros e morreu na hora. O sogro, Sérgio Gonçalves de Araújo, recebeu um tiro nas costas e outro no glúteo. Os tiros atingiram também um homem que tentava socorrer a família. Segundo a viúva de Evaldo, Luciana Nogueira, não houve confronto, e os tiros começaram assim que o carro da família entrou na rua.
Também nesta quarta, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, classificou como “lamentável incidente” a morte do músico e acrescentou: "Vamos apurar e cortar na própria carne. Ele será apurado até as últimas consequências. Tudo será julgado muito rápido e apurado da forma devida”.
Segundo ele, ao redor da guarnição no bairro Marechal Deodoro há células de tráfico, milícias e organizações criminosas que ameaçam, inclusive, a população local. “Houve [na ocasião] troca [de tiros] muito forte em uma vila residencial nas proximidades. Na volta, teve esse incidente envolvendo uma patrulha. Ao que parece, eles [os militares] não seguiram as normas regulamentares de engajamento e, por isso, os 12 já estão presos por não cumprir as normas de engajamento. Foi lamentável e triste, mas foi um fato isolado”.
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