Caso Marielle: polícia civil faz nova operação para cumprir mandados de busca a apreensão
Redação/RedeTV! com Agência BrasilAgentes do ministério Público e da Polícia Civil fazem buscas na zona sul do Rio
Policiais carregam caixas apreendidas em endereço ligado a suspeito de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Policiais civis e membros do Ministério do Público do Rio de Janeiro (MPRJ) estão cumprindo nesta quarta (13) 16 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a suspeitos de envolvimento com os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Até o início da manhã, além de Maxwell, outros dois homens haviam sido levados para a Delegacia de Homicídios da Capital (DH). O material apreendido na casa deles também foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital. Outros mandados de busca e apreensão devem ser cumpridos em mais endereços.
Prisões
Nesta terça (13), o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz foram presos suspeitos de envolvimento na execução de Marielle e Anderson. Em conversa informal com integrantes da força-tarefa, ele contou que havia sido avisado sobre a operação.
A promotora Simone Sibílio disse que, até o momento, as investigações mostram que o crime pode ter sido motivado pela repulsa de Ronnie às causas que eram defendidas por Marielle, o que também é conhecido como crime de ódio.
Além dos dois suspeitos de matar Marielle e Anderson Gomes, um homem identificado como Alexandre Motta foi preso em flagrante na Operação Lume, deflagrada nesta terça-feira (12). Foram encontradas em sua casa caixas com grande quantidade de armamento, incluindo peças para montar 117 fuzis do tipo M-16.
Assassinatos
O crime ocorreu no cruzamento das ruas Joaquim Palhares, Estácio de Sá e João Paulo I, pouco mais de um quilômetro distante da casa de Marielle. Um carro emparelhou com o chevrolet Agile da vereadora e vários tiros foram disparados contra o banco de trás, justamente onde estava Marielle. Treze disparos atingiram o carro.
Quatro tiros atingiram a cabeça da parlamentar. Apesar dos disparos terem sido feitos contra o vidro traseiro, três deles, por causa da trajetória dos projéteis, chegaram até a frente do carro e perfuraram as costas do motorista Anderson Gomes. Os dois morreram ainda no local.
A única sobrevivente foi uma assessora de Marielle. O carro ou os carros usados no crime (acredita-se que tenham sido dois) deixaram o local sem que os autores do homicídio pudessem ser identificados, pois as câmeras de trânsito que existem na região estavam desligadas.