Caso Marielle: Polícia encontra 117 fuzis incompletos na casa de amigo de suspeito
Agência BrasilCarga é a maior apreensão de fuzis da história do Rio
(Foto: Divulgação/Polícia Civil)
A Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil do Rio de Janeiro informou nesta terça-feira (12) que encontrou 117 fuzis incompletos, do tipo M-16, na casa de um amigo do policial militar Ronnie Lessa no Méier. Ele é um dos suspeitos presos na investigação da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Pedro Gomes.
O secretário de Polícia Civil, Marcos Vinícius Braga, afirmou que trata-se da maior apreensão de fuzis da história do Rio.
De acordo com a DH, as armas são todas novas e estavam desmontadas em caixas dentro de um guarda-roupa. O dono da residência, Alexandre Mota de Souza, alegou aos policiais que o suspeito simplesmente entregou as caixas e pediu para guardá-las, mas sem abrí-las.
Mais cedo, o delegado Giniton Lages, chefe da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, disse a jornalistas que Lessa nutria ódio contra pessoas de esquerda e havia pesquisado informações de Marielle e o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), entre outros.
"O perfil dele [Ronnie Lessa] revela uma obsessão por determinadas personalidades que militam à esquerda política”, disse Lages. “Você percebe ódio e desejo de morte. Você percebe o comportamento de alguém capaz de resolver uma diferença do modo como foi o caso Marielle."
Segundo o delegado, as apurações não se encerram nas prisões do sargento reformado Ronnie Lessa e do ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, realizadas nas primeiras horas desta terça-feira.
"O caso ainda está em aberto. Estamos entregando a primeira fase, e a segunda ainda está em andamento", disse o delegado, que lembrou que hoje foram cumpridos também 34 mandados de busca e apreensão referentes ao caso.