25/09/2019 16:59:00 - Atualizado em 25/09/2019 17:05:00

Caso Ágatha: PMs disseram que dispararam ao menos duas vezes para se defenderem de criminosos

Redação/RedeTV! com Agência Brasil

Em depoimento, agentes disseram que foram alvejados por bandidos

(Foto: Reprodução)

Policiais Militares que atuaram no Complexo do Alemão quando a menina Ágatha Félix, de 8 anos, foi baleada na noite da última sexta-feira (20), prestaram depoimento nesta segunda-feira (23) e nesta terça-feira (24). Os agente alegaram que dispararam pelo menos duas vezes para se defender de um ataque realizado por criminosos.

Pelo menos 12 policiais foram ouvidos. Eles disseram que foram alvejados por tiros disparados por um bandido que estava na garupa de uma moto. Pelo menos sete revólveres foram apreendidos.

O crime

De acordo com familiares, a menina estava com a mãe dentro de uma Kombi a caminho de casa. Testemunhas contam que um agente da Polícia Militar (PM) teria atirado em direção a dois rapazes em uma moto, que não teriam obedecido a ordem de parar. O disparo acabou atingindo Ágatha nas costas.  

Em nota, a PM afirmou que agentes da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) faziam um patrulhamento quando foram atacados por criminosos e revidaram.

Familiares de Ágatha passaram o dia no Instituto Médico Legal (IML) para liberar o corpo da menina. Pela manhã, moradores da comunidade protestaram. O corpo da criança foi enterrado no domingo (22).

Reconstituição do caso

A reprodução simulada sobre a morte da garota deverá ser realizada na próxima terça-feira (1º), na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão. A informação foi divulgada pelo diretor das Delegacias de Homicídio do estado, delegado Antônio Ricardo.

Ricardo falou com a imprensa na Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, na Barra da Tijuca, onde prestaram depoimento quatro policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Fazendinha. Mais oito PMs foram ouvidos ontem. 

O delegado titular da DH, Daniel Rosa, disse que Ágatha foi atingida por um único fragmento de bala, que atingiu algum obstáculo antes e se despedaçou.

"Este laudo está em confecção. Este fragmento está sendo periciado afim de determinarmos o calibre dessa arma. Está havendo uma certa dificuldade em razão do tamanho desse fragmento", disse Daniel Rosa.

Segundo Rosa, 20 pessoas foram ouvidas e os depoimentos já permitiram traçar um quadro do que ocorreu no momento da morte da menina, que estava em uma Kombi junto com sua mãe. Ele descartou a participação de uma PM mulher na ocorrência, o que chegou a ser comentado por moradores do Complexo do Alemão.

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