11/08/2015 17:10:00

Cabo da PM é afastado após chutar gato no litoral de São Paulo

Reginaldo Pupo, especial para AE/Agência Estado
Um cabo da Policia Militar lotado no 20º Batalhão do Litoral Norte de São Paulo foi afastado de suas funções após ter sido flagrado dando um chute em um gato. O ato ocorreu durante uma operação de demolição de casas em um loteamento clandestino no Sertão do Piavú, próximo à Praia de Cambury, em São Sebastião.

Uma sindicância foi instaurada para apurar o comportamento do PM. Enquanto isso, ele atua na área administrativa e como motorista.

O policial ficou aparentemente irritado quando um filhote de gato caminhou entre suas pernas, enquanto conversava com outros cinco policiais. Durante e após o chute, o policial sorriu, e foi acompanhado pelos demais colegas.

A imagem, feita por Reginaldo Pupo, gerou revolta nas redes sociais e foi vista em mais de 20 países. Uma petição pública organizada por internautas, endereçada ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e à Secretaria de Segurança Pública, exige punição ao policial. "Exigimos a sua punição cabível à proteção contra mau trato animal, pois foi um ato de crueldade pública e gratuita, desonrando a corporação e dando mau exemplo à sociedade", diz o texto da petição.

Embora assustado, o gato aparentemente saiu ileso do chute. Os donos do bicho, que não viram a agressão, levaram-no para casas de parentes e amigos, já que tiveram de deixar o local porque tiveram suas casas demolidas. "A ação (do policial) foi isolada e ocorreu em um momento tenso da ação demolitória. A Polícia Militar ficou no local por sete horas para oferecer segurança aos braçais da prefeitura, em local distante", disse a presidente do Instituto Conservação Costeira, Fernanda Carbonelli, entidade que havia feito a denúncia sobre o loteamento clandestino.

Segundo o capitão Samir Tobias Alvarez, responsável pela Comunicação Social do 20º Batalhão, a atitude do policial foi "isolada, por motivos desconhecidos". "Em nenhum curso orientamos tal atitude, já que pode ficar caracterizado crime ambiental", frisou o capitão.

Segundo ele, o cabo foi afastado das ruas e presta serviços administrativos no batalhão. De acordo com o capitão, ele passará por acompanhamento psicológico. "Se for constatada a infração, ele poderá ser punido ou até exonerado do cargo, caso o fato seja considerado grave". A sindicância tem prazo de 30 dias para ser concluída.

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