Coach e ex-atleta foi acusado de mentir por se dizer “considerado um dos nadadores mais rápidos do mundo”

(Foto: Reprodução / Redes sociais)

O coach e ex-nadador Joel Jota não será mais padrinho do Time Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Em suas redes sociais, ele agradeceu o convite e compartilhou a decisão. 

“Apesar de ter ficado muito feliz pelo convite, cheguei à conclusão que será melhor pra mim e minha família que eu não participe mais como padrinho da delegação brasileira em Paris”, disse Joel.

Desde o anúncio do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) de que ele seria um dos padrinhos da delegação, diversos atletas e ex-atletas o acusaram de vender “o que não foi”. Em seu site, Jota diz ter sido “considerado um dos nadadores mais rápidos do mundo”.

Em sua publicação ele relembra a carreira como nadador e fala que tinha o sonho de participar de uma Olimpíada.

“Fui atleta de natação por 15 anos. Neste período, conquistei medalhas em diversas competições, porém, nunca consegui um índice olímpico para realizar um antigo sonho: participar de uma olimpíada”, afirmou o coach.

Ele também cita outras figuras que serão padrinhos da delegação brasileira, como Larissa Manoela, Sabrina Sato e Wesley Safadão. Ele diz que “como podem perceber, o papel do padrinho não tem qualquer relação com sua participação olímpica ou conquistas de medalhas olímpicas”.

Joel fala sobre os motivos de ter aceitado o convite, como o amor ao esporte, “vontade de retribuir” e de “servir”, “dedicar um mês de minha vida ao mundo do esporte que muito me ensinou” e a “realização de um sonho”.

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Posicionamento de ex-atletas

Após o anúncio de Jota como padrinho, atletas e ex-atletas se posicionaram contra a decisão do COB. 

A ex-nadadora Joanna Maranhão afirmou que ele “vende o que não é”, em referência à informação do site do coach que diz que ele é “considerado um dos nadadores mais rápidos do mundo”, e o criticou.

“Entrei na Seleção Brasileira absoluta em 2002 e parei de nadar em 2017. Joel nunca esteve na equipe principal. A esposa dele (Larissa Cieslak, ex-nadadora) esteve no Pan Americano de 2007, 2011 e salvo engano algum Pan Pacífico”, disse Joanna.

Ela complementa dizendo que “Nenhum dos dois chegou perto de índice para Jogos Olímpicos. Repito: isso NÃO é um problema. O problema está na mentira. Não existe problema algum em não ter chegado a Seleção ou não ser atleta de ponta. A questão aqui, é que esse cidadão vende o que não foi. E vou além, ele não é psicólogo“

Não existe problema algum em não ter chegado a seleção ou não ser atleta de ponta.

A questão aqui, é que esse cidadão vende o que não foi.

E vou além, ele não é psicólogo. https://t.co/3DHvYVNCgm

— Joanna Maranhão (@Jujuca1987) April 17, 2024

Quem é Joel Jota

O ex-atleta foi nadador profissional por 15 anos. Disputou alguns campeonatos mundiais pela Seleção Brasileira.

Em 2002, ficou em 7º colocado em na final dos 50 metros livre de uma competição na África do Sul.

Ao fim da carreira de atleta, virou treinador. Ganhou reconhecimento depois de começar a ministrar palestras.

Hoje é coach, se intitula “o maior especialista em performance do Brasil” e tem mais de 5 milhões de seguidores no Instagram.

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