Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ é comemorado nesta quarta-feira (28)

(Foto:Agência Brasil)

Neste dia 28 de junho é comemorado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais, Queer, Pessoas Intersexo e Assexual). A data passou a ser celebrada após o "Incidente de Stonewall", quando frequentadores do bar Stonewall Inn em Greenwich Village, em Nova York, nos Estados Unidos, reagiram pela primeira vez diante das constantes ações de policiais contra pessoas da comunidade, em 28 de junho de 1969.

No Brasil e principalmente no futebol brasileiro, a homofobia ainda é muito presente e, para combater isso, surgiu o Canarinhos LGBTQ, que é um coletivo de torcidas organizadas, que tem o objetivo de combater a LGBTfobia com ações, campanhas, iniciativas e sugestões de inclusão e diversidade no esporte.

Um estudo divulgado neste ano realizado pelo Coletivo de Torcidas Canarinhas LGBTQ+, com apoio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apontou que em 2022 houve 76% mais casos de homofobia no futebol brasileiro (dentro e fora de campo) do que em 2021.  

"São casos que se repetem toda semana, é uma luta complexa e desafiadora. Há clubes que já detectaram isso e trabalham o tema com seus jogadores, funcionários e torcedores. Mas ainda é insuficiente. A LGBTfobia é um mal social que se alastra em todos os ambientes, em especial no futebol. Essa intolerância motivada por ódio e discriminação é profundamente violenta e deixa marcas profundas. Temos uma pesquisa de 2018 que indica que 62,5% dos LGBTQ+ brasileiros já pensaram em suicídio", disse Onã Rudá, fundador do coletivo, ao site da CBF.

Diante disso, o Portal da Rede TV! criou uma lista com cinco torcidas organizadas LGBTQIA+ de clubes da Série A que representam a comunidade dentro dos estádios e que lutam por mais espaço no esporte.

Confira:

Torcida LGBTricolor

(Foto:Divulgação/Canarinhos LGBTQIA+)

A Torcida LGBTricolor do Bahia visa apoiar torcidas da comunidade LGBTQIAP+, e incentivar a luta por um espaço seguro e inclusivo para todos os torcedores, buscando incluir toda a comunidade nas arquibancadas. No Instagram. a torcida criada em 2019, acumula mais de 7 mil seguidores. Além disso, a torcida tricolor usa a rede social para divulgação de camisetas com as cores do arco de íris, noticias sobre o clube, retrospetiva dos jogos e presença de representatividades importantes do movimento nos estádios. 

Mais fotos daquela noite memorável 😍
O @ecbahia é o mundo!!

Fotos: @laurissim4 / @midianinja pic.twitter.com/sv8v4FQ4Nh

— Torcida LGBTricolor 🏳‍🌈 (@lgbtricolor) February 7, 2023

Vasco LGBTQIA 

(Foto:Reprodução/Instagram)

O Vasco LGBTQIA+  é a torcida Queer do time carioca. A comunidade foi criada em recentemente, em 2020, e foi convidada pela atual gestão do Gigante da Colina para participar do setor de responsabilidade social, já que no dia 28 de junho de 2022 o clube carioca intensificou sua luta pela igualdade, colocando o arco de íris em sua camisa de jogo e fazendo um show de cores na entrada dos atletas.

No Instagram, a torcida Vasco LGBTQIA+ soma mais de 2 mil seguidores e mostra a presença ativa da comunidade em jogos da equipe.

🏳️‍🌈💢 @rafaribeirorio pic.twitter.com/PK5WFDMHSQ

— 𝐆𝐞𝐫𝐦𝐚𝐧 𝐂𝐚𝐧𝐨 (@Germancanoofi) June 28, 2021

Porcoíris

(Foto:Reprodução/Instagram)

O Porcoíris é o coletivo de torcedores LGBT+ do Palmeiras. "A torcida do Palmeiras é diversa e o clube deve trabalhar para promover a inclusão de todas, todes e todos que amam o Palmeiras [...] Somos muitos, somos diversos, somos Palmeiras e lutamos por um Alviverde de todes", diz um comunicado da torcida nas redes sociais. 

Os torcedores do Verdão usam a página para a divulgação de informações sobre a comunidade, jogos da equipe e curiosidades sobre o movimento.

Fla Gay

(Foto:Reprodução/Twitter)

A Fla Gay é a segunda torcida organizada (a primeira foi a Coligay, torcida do Grêmio da década de 1970, que acabou na mesma época por conta opressão por parte de outros gremistas) da comunidade LGBTQIA+ mais antiga do Brasil, criada no final da década de 1970. No entanto, a torcida foi hostilizada pelos próprios torcedores Rubro-negros na primeira ação dentro do estádio. 

A comunidade Fla Gay foi recriada em 2016 como homenagem ao primeiro agrupamento do Flamengo, de mesmo nome, fundado em 1979. Desde então, o movimento conta com mais de 1 mil seguidores no Instagram.

Fiel LGBT do Corinthians

(Foto:Reprodução/Instagram)

O coletivo de torcedores LGBTQIA+ do Corinthians é a Fiel LGBT+, que teve início em 2019. Nas redes sociais, a comunidade divulga informações sobre os jogos, noticias do Timão, venda de camisas e acessórios da Fiel LGBT+. No entanto, a relação da comunidade com a torcida organizada Gaviões da Fiel não é das melhores, já que há um processo de plágio em aberto, além da falta de apoio por parte das outras tocidas.

"Nos últimos anos muitas coisas tem passado por processos de mudanças, as vozes contra o preconceito estão se levantando. Nosso pedido para vocês é apenas um: a partir do próximo jogo, levante a voz pelo fim da homofobia. Vamos ao estádio ou onde quer que seja, torcer para o Timão, respeitando o próximo, empurrando o time sem cometer crimes, que são prejudiciais a quem pratica, a quem sofre e para o nosso clube", escreveu o Coletivo Fiel LGBT para a Gaviões da Fiel, Camisa 12, Estopim da Fiel, Coringão Chopp, Fiel Macabra e Pavilhão Nove após o gritos homofóbicos na partida contra o São Paulo na Neo Química Arena, no dia 22 de maio deste ano.

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