Dennis Rodman e sua relação com a comunidade LGBTQIA+: 'o amor vai sempre vencer'
Gustavo Garcez/Redação RedeTV!Abertamente bissexual, o ex-jogador da NBA é um dos ícones do movimento que comemora nesta quarta (28) o Dia Internacional do Orgulho
(Foto: Reprodução/Twitter @dennisrodman)
O ambiente esportivo é geralmente marcado por celebrações, superações e exibições de atletas que muitas vezes se tornam heróis aos olhos do povo. Em esportes em que os homens recebem mais destaque, como no futebol e no basquete, esse ambiente também acaba sendo um local de masculinidade tóxica, racismo e homofobia.
Diante desse cenário, figuras como Neymar e Michael Jordan, por exemplo, viram símbolos de virilidade e exemplos de como um homem dentro dos "padrões" deve ser. Mas existem alguns atletas que ousam sair desse estereótipo e são simplesmente do jeito que são, como é o caso de Dennis Rodman, um dos principais parceiros que Jordan teve na NBA enquanto jogadores do Chicago Bulls nos anos 1990.
Abertamente bissexual, Rodman é um dos principais ícones da comunidade LGBTQIA+ no esporte, e no dia de hoje, 28 de junho, é comemorado o Dia Internacional do Orgulho. A data marca o "Incidente de Stonewall", quando em 1969 frequentadores do bar Stonewall Inn em Greenwich Village, Nova York, reagiram pela primeira vez contra as constantes ações de truculência policial.
No último domingo (25), inclusive, Dennis Rodman esteve presente na Parada Gay de Houston, no Texas, nos Estados Unidos. "O amor vai sempre vencer”, escreveu o ex-jogador em suas redes sociais na ocasião. A publicação, no entanto, foi recheada de comentários preconceituosos e “brincadeiras" com gifs de Michael Jordan “lamentando“ seu posicionamento.
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Apesar disso, o posicionamento do ex-NBA não é recente. Em 1996, Dennis Rodman se declarou bissexual ao publicar o livro auto-biográfico, “Bad as I wanna be”, e ainda durante o período de lançamento da obra disse à imprensa que se casaria com uma bela mulher. Ocorre que ele estava falando dele mesmo e apareceu vestido de noiva para uma das sessões de autógrafos de seu livro.
(Foto: Reprodução/Redes sociais)
Antes de tudo, é importante destacar que Rodman também é um admirador da arte Drag Queen. Em uma entrevista de 2021 ao site GQ Sports, ele revelou que frequentar clubes gays e drags o ajudou a ter inspiração durante a carreira como jogador. O ex-ala-pivô afirmou que isso aconteceu durante o seu período no San Antonio Spurs, em 1993.
“Comecei a frequentar clubes de drag. Comecei a trazer drag queens para os jogos. Quando você fala com pessoas da comunidade gay, alguém que faz drag, algo assim, eles ficam muito felizes. Eles mantêm a cabeça erguida todos os dias, cara. Eles não têm vergonha de merda nenhuma. Eles não estão tentando provar nada, eles estão apenas vivendo suas vidas”, refletiu.
“Acho que isso meio que me fez ter uma sensação de consciência de, tipo, cara, eu costumava me vestir assim quando criança. Usar um vestido me fez sentir bem, sabe?”, completou o craque.
Como se não bastasse sua personalidade forte e pioneirismo na luta contra o preconceito, Dennis Rodman também foi um dos melhores jogadores de basquete em todos os tempos. Ele conquistou cinco títulos da NBA, sendo dois com o Detroit Pistons, em 1989 e 1990, e três com o Chicago Bulls de Jordan, em 1996, 1997 e 1998. O ex-ala-pivô também é considerado um dos maiores atletas defensivos da liga.
“Você tem o maior jogador de basquete do planeta [Jordan], o segundo maior em Scottie Pippen, e então você tem [eu] o diabo”, brincou Rodman na entrevista ao GQ.
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