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Operação Integration

Gusttavo Lima é indiciado em investigação sobre jogos ilegais por suspeita de lavagem de dinheiro e organização criminosa

Redação RedeTV!

Reportagem do Fantástico teve acesso ao inquérito da Polícia Civil de Pernambuco


(Foto: Reprodução / Instagram)

A Polícia Civil de Pernambuco indiciou o cantor Gusttavo Lima por suspeita de lavagem de dinheiro e organização criminosa, no âmbito da Operação Integration, em 15 de setembro. 

Essa operação é a mesma que resultou na prisão da advogada e influenciadora Deolane Bezerra e sua mãe, Solange, no dia 04 de setembro, no Recife (PE). 

As informações são do Fantástico, que teve acesso ao inquérito. Cabe ao Ministério Público decidir se denuncia ou não Gusttavo Lima à Justiça.

De acordo com a investigação, Gusttavo Lima é suspeito de integrar um esquema de lavagem de dinheiro através de transações de suas empresas com outras companhias investigadas na operação.

Na sede da Balada Eventos e Produções, empresa de shows de Gusttavo Lima em Goiânia (GO), a Polícia Civil informou que foram encontrados R$ 150 mil em dinheiro.

Também foram localizadas 18 notas fiscais sequenciais, emitidas no mesmo dia e em valores fracionados, por outra empresa do cantor, a GSA Empreendimentos, para a PIX365 Soluções, que de acordo com a Polícia seria a Vai de Bet, também investigada no esquema.

Gusttavo Lima também é suspeito de uma negociação irregular de duas aeronaves para empresários investigados na Operação e que seriam integrantes de empresas de jogos ilegais.

Segundo o Fantástico, as investigações não são sobre as operações legais das Bets, mas sobre o uso dessas empresas para lavar dinheiro que seria oriundo do jogo do bicho, proibido no Brasil.

O que aponta a investigação

Um avião da Balada Eventos foi vendido duas vezes (em um ano) para investigados na operação. Na primeira venda, o avião foi negociado para a Sports Entretenimento, que pertence a Darwin Henrique da Silva Filho, que também foi preso na operação de 04 de setembro. A segunda venda foi para a empresa J.M.J Participações, do empresário paraibano José André da Rocha Neto, também alvo das investigações ao lado da esposa Aissla. 

Essa última venda, no valor de R$ 33 milhões, envolveu ainda um helicóptero que também era da empresa de Gusttavo Lima e já tinha sido comprado por outra companhia de André Rocha Neto.

O casal José e Aissla tem muitas empresas e três aparecem como investigadas por lavagem de dinheiro: a J.M.J Participações, a mesma que comprou o avião da empresa do Gusttavo Lima; a Supreme Marketing e Publicidade, que comprou o helicóptero do cantor; e a PIX365 Soluções, empresa que, segundo a polícia, é a Vai de Bet, e tem Gusttavo Lima como garoto-propaganda.

Pedido de prisão

Foi por causa do casal José e Aissla que a prisão de Gusttavo Lima foi expedida. A polícia suspeita que o cantor tenha ajudado o casal a fugir do Brasil. 

Rocha Neto e Aissla estavam na Grécia junto com Gusttavo Lima e sua família na comemoração do aniversário do sertanejo. Eles embarcaram de volta para o Brasil, mas não chegaram no país. A suspeita é de que o casal — então foragido — teria desembarcado antes, na Espanha.

A prisão de Gusttavo Lima foi derrubada em segunda instância pelos seus advogados, menos de 24 horas depois de decretada. Na ocasião, o cantor postou um vídeo contestando o envolvimento das empresas dele em transações ilegais: “Gente, eu não tenho nada a ver com isso, me tira fora disso”, diz ele na gravação. 

O que diz a defesa de Gusttavo Lima

Segundo o Fantástico, Gusttavo Lima respondeu às perguntas feitas pela polícia por meio dos advogados e negou conhecer o empresário de Recife, Darwin Filho, e de ter relação de intimidade com o casal Rocha Neto e Aissla, que estavam com ele na Grécia.

Os advogados também disseram que o valor encontrado em espécie na Balada Eventos seria para pagamento de fornecedores e que todas as notas emitidas pelas empresas do cantor foram registradas e os impostos recolhidos.

Vai de Bet x Corinthians

Em julho desse ano, Gusttavo Lima teria virado sócio da marca "Vai de Bet" com 25% de participação, segundo o inquérito. Só que os investigadores acreditam que o cantor seja uma espécie de "sócio oculto" da empresa bem antes dessa sociedade.

A suspeita envolve um outro inquérito com a empresa, que acabou virando alvo de investigação, após fechar um contrato milionário com o Sport Club Corinthians no início desse ano. 

Em depoimento à polícia, um conselheiro do clube contou que o presidente do Corinthians teria conversado por telefone diretamente com Gusttavo Lima e que esse presidente teria afirmando, na ocasião, que o sertanejo era um dos donos da Vai de Bet.

Ao Fantástico, o Corinthians disse "que o caso está na Justiça e que o clube não trata mais de questões ligadas a essa empresa".

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