Mercado de delivery segue com tendência de alta, mas CEO de plataforma alerta sobre erros que afastam clientes
Publicada:25/02/2022 16:08:00
Para 2022 prevemos um crescimento no segmento de delivery menos acentuado, mas continuaremos tendo um crescimento do setor
(Foto: Divulgação)
A pandemia trouxe um longo isolamento em 2020 e, com ele, o exponencial crescimento do mercado de delivery no país. De acordo com a Statista, empresa especializada em dados de mercado e consumidores, o Brasil foi responsável por 48,77% do uso do delivery na América Latina, só em 2020, e estima um giro global trilionário até dezembro de 2021. Agora, para 2022, a tendência de crescimento se mantém, já que o brasileiro se acostumou com as entregas em casa. Mas quem atua no setor precisa estar atento a erros, para não ir contra a maré.
Marcelo Marani, CEO da Escola Donos de Restaurantes, plataforma que ajudou diversos empresários a não quebrar durante a pandemia e a faturar com a entrega em domicílio, explica que o mercado está otimista para o novo ano. “Para 2022 prevemos um crescimento no segmento de delivery menos acentuado, mas continuaremos tendo um crescimento do setor. As pessoas descobriram que pedir comida é muito mais prático e, muitas vezes, mais barato do que cozinhar em casa. Portanto, o hábito de cozinhar está sendo, cada vez mais, substituído pelo serviço de delivery. E o que vai continuar sustentando essa ascensão vai ser, principalmente, a experiência que o consumidor teve nesses tempos”.
E é nessa onda que Marani aconselha como os empresários do setor devem navegar em 2022 sem cometer os principais erros que irritam os clientes. “Uma pesquisa apresentada pela Unilever Foods mostrou que os dois maiores motivos de reclamação por parte dos consumidores de delivery são: pedidos errados e, sobretudo, demora na entrega. Por isso, estamos sempre lembrando essa regra do mercado aos nossos alunos: a velocidade é mais importante do que a comida que o cliente recebe”.
Manter o padrão alcançado é importante
No mais, é manter o nível alcançado no serviço de delivery. Estudos apontam que 47% dos estabelecimentos adotaram novos canais de vendas, sendo o comércio pelo telefone e WhatsApp os mais empregados, com 71% e 63% de índice de uso, respectivamente, e os aplicativos de entrega ficam com 39%, segundo o Instituto Locomotiva. “A tecnologia melhorou muito! A internet dos smartphones ficou melhor, os aplicativos de comida apresentaram, cada vez mais, facilidade de uso, comodidade, segurança e o conforto de pedir comida dentro de casa”, observa Marcelo Marani.
Outro fator importante, segundo ele, foi a evolução dos restaurantes. “Eles melhoraram as embalagens, a logística e, com isso, proporcionaram uma experiência muito mais agradável para os clientes”.
Não foi à toa que o gasto do brasileiro com delivery também subiu 187% entre o início e o fim de 2020, conforme análise de dados feita pela Mobills. “O aumento no setor se dá pelo serviço de entrega por meio de aplicativos”, conclui o especialista em Marketing e Vendas para restaurantes.