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Um ano após o parto, Rafa Brites fala sobre insegurança com cicatriz: "Queria esconder"

Redação RedeTV!

(Foto: Reprodução/Instagram)

Rafa Brites postou um desabafo nas redes sociais na tarde desta quarta-feira (25) que mostrou como problemas "comuns" atingem todas as mulheres, independentemente de seus corpos ou de sua fama. A apresentadora falou sobre o parto do pequeno Rocco e como a cirurgia deixou uma cicatriz que até hoje, passado um ano, ainda mexe com ela e com a sua autoestima: "Fico tentando olhar para essa marca com os olhos de tudo de maravilhoso que significa em mim". 

Ela começa o seu relato falando que não chorou quando percebeu que precisaria fazer uma cesaria, já que havia tentado por 29 horas o parto normal. "Fui animada, sabendo que tinha ido ao limite". Rafa fala ainda que no mesmo dia foi para casa e teve uma boa recuperação. O único "problema" foi a marca deixada pelo procedimento. "Com o tempo, a cicatriz passou a me incomodar", revela. 

"Mais do que o desconforto, passei a implicar com a aparência. Achei esquisito ver meu corpo com um rasgo. E a autoestima, que já não estava na melhor das fases – afinal, tinha um bebê pequeno, passava noites em claro, me ajustava com a amamentação – piorou", conta a apresentadora. 

Passados os meses, Rafa Brites foi retomando a sua segurança e o seu olhar sobre a questão, mas ainda existe um exercício para sentir-se bem. "Já se passou um ano, deu uma boa melhorada e agora comecei a me acostumar com ela", desabafa. 

Confira o relato (que faz parte de um texto escrito por ela à revista Crescer) abaixo:

"Diferentemente de vários relatos que ouvi, eu não fui chorando para a cesaria depois de tentar por 29 horas não; fui animada, sabendo que tinha ido até o limite. Tudo ocorreu bem, meu filho nasceu como deveria ser. Minha recuperação foi rápida.

No mesmo dia, eu já estava tomando banho, fazia o curativo da cicatriz e passava uma pomada. Depois de 15 dias, sentia que a cicatriz estava bem fechada. Mas após alguns meses, estranhei ela ainda estar tão vermelha. Logo, ficou alta e fibrosa. Com 6 meses, formou um queloide. Fiquei chateada, pensando que podia ter faltado repouso adequado ou, então, que não havia cuidado bem dos pontos. Minha médica garantiu que não. 

Com o tempo, a cicatriz passou a me incomodar. Primeiro porque realmente machuca, seja pelo encostar da calça jeans, seja pelo bebê ficar pulando bem ali. Porém, mais do que o desconforto, passei a implicar com a aparência.

Achei esquisito ver meu corpo com um rasgo. E auto estima e o sentir-se sensual que já não estava na melhor das fases – afinal, tinha um bebê pequeno, passava noites em claro, me ajustava com a amamentação –, piorou. (Como se sensualidade fosse algo externo, ate parece).

Fato é que queria esconder. Ninguém fala sobre isso né? Estranhei essa minha insegurança. Logo eu que falo tanto sobre aceitação. Parti para o tratamento aplicando corticoide (que ainda faço). Reparei que quase ninguém fala sobre isso. Certamente muitas mulheres, como eu, vão levar essa marca para sempre. Na época de nossas avós, era bem à vista. Hoje, só na intimidade dá para aparecer. Mas, mesmo assim, está ali, estragando aquela harmonia de um corpo tido como “perfeito”.

Já se passou um ano, deu uma boa melhorada e agora comecei a me acostumar com ela. Fico tentando olhar para essa marca com os olhos de tudo de maravilhoso que significa em mim. Às vezes (confesso que raramente), até acho interessante, uma marca de poder. Com um filho que já anda e que não mama mais, por vezes, nem acredito que ele saiu de dentro de mim. Mas levo esse risco, (algumas mulheres passam isso com as estrias) como uma tatuagem que fazemos em homenagem a alguém, me faz lembrar e sorrir."

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