Foto: Reprodução/The Guardian

Com mais de 30 milhões de visualizações no Youtube, o clipe de “Vai Malandra”, de Anitta, virou tema para uma matéria no jornal britânico The Guardian nesta sexta-feira (22). A publicação explicou a repercussão do clipe envolvendo problemas sociais no Brasil e também na participação do diretor americano Terry Richardson. 

O site do tradicional jornal inglês cita as discussões envolvendo o clipe, gravado no Vidigal, em agosto. Segundo a matéria, o clipe de Anitta ganhou destaque pelo alto número de visualizações na internet e por ser a primeira música em português a chegar ao Top 20 Global na plataforma de streaming Spotify. 

Problemas de desigualdade, racismo, abusos sexuais e apropriação cultural debatidos após o lançamento são os temas usados como referência na matéria. O jornal destaca que o vídeo recebe elogios por retratar a realidade das comunidades do Rio de Janeiro e até mesmo sobre os corpos femininos, por mostrar celulites da cantora. 

No entanto, a matéria também mostra algumas opiniões divididas sobre outros fatores. “Ativistas negros acusaram Anitta de se apropriar de estilos negros, como tranças. Outros a elogiaram por filmar o vídeo na favela de Vidigal e por celebrar a sexualidade de mulheres negras e mulheres de áreas de baixa renda”, destaca a reportagem. 

Sobre Terry Richardson estar nos bastidores do vídeoclipe, o jornal relembrou as denúncias de assédio contra o diretor e fotógrafo, sua proibição por empresas de moda, como a Vogue, e mostra comentários questionando a decisão de usar seu trabalho na produção. 

Uma declaração de Anitta sobre o assunto é citada, em que ela afirma que não pode alterar o trabalho inteiro, pois não é de apenas uma pessoa. “Nós estudamos todas as possibilidades”, disse a cantora sobre o assunto. 

Anitta lançou “Vai malandra” na segunda-feira (18) como fechamento de seu projeto Check Mate, executado desde setembro, com o lançamento de um clipe por mês. Durante o período, a cantora falou abertamente sobre sua intenção de aumentar o alcance e o respeito do funk. 

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