Dermatologista Mariana Corrêa explica como se proteger do câncer de pele, que vitimou a escritora Lya Luft
Publicada:11/01/2022 17:50:00
Redação/RedeTV!
Médica alerta que idade de pacientes com a doença vem caindo no país
(Foto: Divulgação)
O verão chegou e isso significa maior incidência solar, o que agrada quem vai à praia e à piscina, mas preocupa os médicos dermatologistas. O câncer de pele é tipo que mais frequente no Brasil e uma das vítimas foi a escritora gaúcha Lya Luft, que morreu aos 83 anos, após lutar contra um melanoma por sete meses. A doença foi descoberta já com metástase, ou seja, em grau avançado. Ela faleceu em Porto Alegre no dia 30 de dezembro.
A dermatologista Mariana Corrêa explica que a doença é cumulativa, ou seja, pode ser resultado de anos de exposição solar sem proteção adequada. Dessa forma, é mais frequente em pessoas acima dos 40 anos. “O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, uma média de 185 mil novos casos. Ele é mais comum em pessoas com mais de 40 anos de idade, sendo raro em crianças e negros, com exceção dos que já são portadores de doenças cutâneas”.
A escritora Lya Luft fazia parte do perfil de risco, com idade avançada, além de ter pele, cabelos e olhos claros. Entretanto, Mariana Corrêa alerta que a idade dos pacientes vem caindo. “Com a alta exposição de jovens aos raios solares, a média de idade vem diminuindo com o tempo”.
Sinais de risco
A dermatologista destaca que pintas, manchas, feridas que não cicatrizam, eczemas e outras lesões não devem ser ignoradas. “Um exame clínico deve ser feito por um médico especializado ou uma biópsia para fazer o diagnóstico adequado. É fundamental consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para realizar uma dermatoscopia, que é a análise das pintas”, ressalta.
Segundo a médica, a melhor maneira de prevenção é evitar a exposição excessiva ao sol é usar filtros solares diariamente com regularidade. “Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 50, no mínimo. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades ao ar livre. Recomendo o uso de chapéus, óculos escuros, camisetas e protetores solares. Muitas vezes é necessário cobrir as áreas expostas com roupa apropriada. Na praia, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta”.
Apesar de não pertencerem ao grupo de risco, as crianças jamais devem ser esquecidas, afinal, os danos são cumulativos e podem começar na infância. “Crianças também devem se proteger, usando protetor solar a partir dos 6 meses”.