Especialista em Marketing, Alan Aplicanet fala sobre gerenciamento de crise em tempos de BBB
Publicada:02/03/2022 16:38:00
Redação/RedeTV!
Com o sucesso das redes sociais, hoje é fundamental ter uma boa assessoria ao entrar na casa
(Foto: Divulgação)
As redes sociais se tornaram o termômetro do BBB e os perfis dos brothers acompanham a repercussão dos atos dos confinados para saber como se manifestar no canal. No BBB 22, a influencer Jade Picon entrou com a popularidade de seus 13 milhões de seguidores, mas em algumas semanas chegou a ser considerada a vilã da edição. Com isso, a estratégia da sua equipe foi acompanhar o ritmo ditado pelas mídias: saiu o tom mais fashion das suas contas e o humor ganhou o lugar, com apelidos como "Jade Piton", fazendo referência a como a jovem estava sendo chamada na internet.
A mudança de estratégia dividiu opiniões. Alan Aplicanet, especialista em marketing, explica que saber administrar as crises é fundamental para o sucesso do cliente.
"Um bom gerenciamento de crise é fundamental para o sucesso do cliente, mesmo nas crises menores. No caso da Jade, a escolha dos seus assessores foi entrar na brincadeira daqui de fora. O BBB é diferente, porque a estratégia precisa ser criada sem o assessorado conhecer as decisões. Todas as estratégias podem variar de acordo com as atitudes da pessoa dentro do jogo. O problema nessa decisão é se a Jade Picon voltar a ser considerada favorita, pois aqui fora já criaram a imagem de vilã", explica Alan Aplicanet.
Em alguns momentos dessa edição do BBB, os administradores das redes sociais dos brothers precisaram se manifestar. Foi o caso da participante Laís, que foi acusada de racismo, e a sister Eslovênia, que chamou a Linn da Quebrada pelo pronome errado.
"Esses casos são bem mais complexos que o da Jade Picon, porque envolve atitudes que são criminosas. O papel da assessoria não é o de passar pano, mas mostrar ao público que o cliente será informado sobre a situação para que entenda onde errou", comenta Alan Aplicanet.
O especialista em Marketing ensina que o papel de um gerenciamento de crise não é fingir que o cliente não fez nada e negar todos os erros, mas tentar reverter a situação, mesmo quando acontecem os deslizes.
"O público não é burro. Não dá pra fingir que algo não aconteceu. Na edição do ano passado do BBB, a Karol Conká saiu com mais de 99% de rejeição. Ela ganhou até documentário para tentar reverter a má imagem. Em nenhum momento as coisas que ela fez na casa foram negadas pela sua equipe. Eles criaram uma estratégia para fazer as pessoas enxergarem a Karol além daquelas atitudes", explica Alan.