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O procurador Leonardo Azeredo dos Santos, de Minas Gerais, ficou revoltado ao saber que o benefício que ele recebe não terá reajuste. Só que o valor da remuneração que ele chama de "miserê", pode chegar a quase 80 mil reais por mês.
O "desabafo" foi gravado pelo próprio Ministério Público durante a reunião para discutir o orçamento de 2020. Ao ser informado que o Estado deve assinar um acordo de recuperação fiscal com a União, que vai impedir aumentos nos benefícios, ele fica indignado.
"Como é que o cara vai viver com R$ 24 mil? Estou fazendo a minha parte, estou deixando de gastar R$ 20 mil de cartão de crédito e estou passando a gastar R$ 8 mil pra poder viver com meus R$ 24 mil", diz ele.
De acordo com o Portal da Transparência, o procurador realmente ganha R$ 24 mil líquidos por mês. Mas de janeiro a julho, ele recebeu indenizações e outras remunerações em todos esses meses. O menor valor foi de R$ 48 mil. Já o maior vencimento, em junho, chegou a quase R$ 80 mil, incluindo os descontos.
Em nota, o Ministério Público de MG informou que em função da grave crise financeira do estado não há nenhum projeto que prevê novos benefícios para procuradores, promotores, nem servidores.
Ele não apareceu para trabalhar e alegou estar sob efeito de medicamentos para depressão.
Publicada: 10/09/2019