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Morte de general iraniano repercute internacionalmente

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A morte do principal militar iraniano repercutiu internacionalmente. Muitos países temem uma escalada da violência no Oriente Médio.

Nas últimas quatro décadas, a relação entre Washington e Teerã foi se desgastando.

Mas nem sempre foi assim. Estados Unidos e Irã já foram aliados. O golpe de estado orquestrado pelos americanos nos anos 50 tirou do poder o primeiro governante eleito democraticamente e trouxe de volta a monarquia. Com o xá Mohammad Reza Pahlavi no poder, os dois países alinharam interesses. Mas denúncias de corrupção e a aproximação com a casa branca despertaram o sentimento antiamericano de parte da população iraniana e provocaram a queda do xá e em seguida a revolução islâmica, em 1979.

Com Revolução os iranianos iniciam um processo de nacionalização da indústria do petróleo, o que desagradou a Casa Branca.

O estopim para o rompimento definitivo e o aumento da tensão entre os dois países veio depois que um grupo de manifestantes tomou a embaixada dos Estados Unidos em Teerã, mantendo diplomatas e funcionários reféns. O cerco ao prédio durou mais de um ano e só terminou em 1981.

Depois deste episódio, os Estados Unidos decidiram declarar o Irã como um de seus maiores inimigos no Oriente Médio. Começava assim um longo histórico de sanções econômicas contra o país islâmico.

Publicada: 03/01/2020