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Interpol torna público pedido de prisão de Carlos Ghosn

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A Interpol tornou público o pedido de prisão do ex-presidente da Nissan, Carlos Ghosn. As Autoridades libanesas já tinham sido notificadas na semana passada, mas proibiram o brasileiro de deixar o país.


Na quarta-feira (8), o ex-presidente da Nissan disse que ficou em prisão sem janela no Japão, que foi proibido de se comunicar com os familiares, e ainda falou que foi pressionado para confessar os crimes que alega não ter cometido. Para alguns especialistas a entrevista coletiva de Ghosn colocou em cheque o sistema jurídico japonês.


Nesta quinta-feira (9), em entrevista coletiva à imprensa, a ministra do Justiça do Japão rebateu às críticas de Ghosn. Masako Mori disse que os comentários do executivo são pouco claros, que nada justifica ele ter deixado o país ilegalmente e assegurou que o sistema judicial japonês respeita os direitos humanos.


O presidente da Nissan também se defendeu. Hiroto Saikawa disse que Ghosn não tem evidência para se declarar vítima de um golpe que o tirou do comando da empresa. E falou ainda que se sentiu traído quando soube das fraudes do executivo.


Acompanhado do advogado, Ghosn compareceu ao palácio da Justiça, em Beirute, no Líbano, por causa do pedido da Interpol ao governo libanês para localizá-lo e prendê-lo. As autoridades libanesas disseram que Ghosn entrou legalmente no país. O país árabe não tem acordo de cooperação judicial ou de extradição com o Japão.

Publicada: 09/01/2020

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