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Depois da fuga do Japão para o Líbano, o ex-presidente da Nissan, Carlos Ghosn, falou pela primeira vez à imprensa e deu detalhes do período em que esteve preso. O ex-presidente da Nissan e da Renault - Carlos Ghosn - foi categórico ao dizer, diante de jornalistas do mundo todo, que nunca deveria ter sido preso no Japão, onde sofreu acusações falsas.
Acusado de sonegação fiscal e uso indevido de recursos das montadoras para benefício pessoal, Ghosn deu detalhes de como foi o período em que esteve na prisão, quando só podia tomar banho duas vezes por semana e foi submetido ao isolamento por 130 dias em uma cela sem janelas.
Ele disse ainda que ficou sem contato com a família por seis semanas, período em que só podia ver as cartas dos familiares por meio dos advogados. Ghosn também disse ter sido retirado brutalmente do trabalho, Ghosn falou da pressão que recebeu por parte dos promotores para confessar crimes que alega não ter cometido. Ghosn está no Líbano com a família. Apesar de ter falado bastante na coletiva de imprensa, não revelou absolutamente nada sobre a sua ousada fuga do Japão para o Líbano, no fim de dezembro, que pegou de surpresa as autoridades japonesas.
A ministra da Justiça do Japão, Masako Mori, respondeu a entrevista dada por Ghosn como absolutamente intolerável e que o ex-presidente da Nissan propaga noticias falsas sobre o país. A ministra disse que o governo do japonês tomará todas as medidas disponíveis para que os procedimentos criminais possam ser atendidos adequadamente.
Publicada: 08/01/2020