O governo de São Paulo vai encaminhar o estudo completo dos testes de eficácia da vacina CoronaVac para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no próximo dia 23 de dezembro. Para agilizar e garantir o processo de certificação, no mesmo dia o governo paulista vai solicitar o pedido de registro da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac. A mesma solicitação será igualmente levada à NMPA (National Medical Products Administration), instituição chinesa responsável pela regulação de medicamentos.
Caso a vacina seja aprovada antes pela instituição chinesa, a Anvisa terá que analisar o pedido do governo paulista no prazo de até 72 horas. Uma legislação aprovada em fevereiro deste ano obriga a Anvisa a fazer essa análise rapidamente caso o imunizante ou medicamento já tenha sido aprovado por uma agência de vigilância de um país europeu, norte-americano, japonês ou chinês.
Segundo o governador de São Paulo, João Doria, os testes de eficácia da CoronaVac no Brasil atingiram o patamar considerado ideal, de 154 voluntários infectados pelo novo coronavírus. Com esse número de infectados, foi possível concluir o estudo dos testes de eficácia, que está sendo agora analisado por um comitê internacional. Se esse teste de eficácia, última etapa de testes da vacina, revelar que ela é de fato eficaz, ou seja, que ela realmente protege contra o novo coronavírus, o governo paulista poderá então fazer a solicitação de registro da vacina à Anvisa.
Publicada: 14/12/2020