Temer admite que pode reexaminar política de preços da Petrobras

"Convenhamos, a Petrobras se recuperou ao longo destes dois anos. Estava em uma situação, digamos, economicamente desastrosa há muito tempo. Mas nós não queremos, digamos, alterar a política da Petrobras. Nós podemos reexaminá-la, mas com muito cuidado", declarou.

Desde julho do ano passado a estatal vem adotando uma nova política de preços que promove reajustes até diários com base na variação do dólar e do barril do petróleo. 

Essas mudanças foram um dos principais motivos para a greve dos caminhoneiros que paralisou o Brasil nos últimos dias.

Para tentar conter movimento grevista, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou a redução de 10% no preço do diesel durante 15 dias. Tanto Temer quanto Parente vêm afirmando que a empresa tem autonomia para determinar os preços sem interferência do governo.

No domingo, em outra tentativa para dar fim à greve, o governo anunciou que reduziria em R$ 0,46 no preço do litro do diesel por 60 dias.

Para compensar esse subsídio, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, descartou subir impostos e disse que o governo irá reduzir as desonerações de alguns setores da economia.