12/03/2019 12:43:00 - Atualizado em 12/03/2019 13:23:00

Presos por morte de Marielle podem fazer delação premiada, diz Witzel

Redação/RedeTV!

O governador concedeu uma coletiva sobre a prisão dos acusados de participação na morte de Marielle 

(Foto: ABr)

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), disse que os dois suspeitos de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes presos na manhã desta terça (12) poderão fazer uma delação premiada para ajudar a polícia esclarecer quem teria sido o mandante do crime. 

Witzel afirmou ainda que a prisão de Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz ''é uma resposta importante'' para sociedade. "Desde o início da eleição sempre assumi o compromisso de que a resposta seria dada", disse. 

O governador e os investigadores da Polícia Civil do Rio de Janeiro concederam hoje uma coletiva sobre a prisão dos acusados de participação na morte de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. 

Presos

Apesar de outros suspeitos terem sido apresentados anteriormente, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram os primeiros a serem formalmente denunciados e presos pelo crime.

Ronnie Lessa foi aposentado depois de um atentado a bomba contra ele, que resultou na amputação de uma de suas pernas e que teria sido provocado por uma briga entre facções criminosas.

Já Élcio Queiroz chegou a ser preso em 2011 na Operação Guilhotina, da Polícia Federal, que apurou o envolvimento de policiais militares com traficantes de drogas e com grupos milicianos. Na época, Queiroz era lotado no Batalhão de Olaria (16º BPM).

Antes de apresentar os primeiros denunciados pelo crime, a polícia suspeitava que o crime havia sido planejado por Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, que teria envolvimento com milícias e que está preso desde outubro de 2017.

No entanto, o próprio Curicica denunciou à Procuradoria-Geral da República que ele estava sendo coagido pela Polícia Civil a assumir a autoria do crime. Por isso, em outubro, a Polícia Federal entrou no caso, para apurar a atuação da Polícia Civil.

Assassinatos

O crime ocorreu no cruzamento das ruas Joaquim Palhares, Estácio de Sá e João Paulo I, pouco mais de um quilômetro distante da casa de Marielle. Um carro emparelhou com o chevrolet Agile da vereadora e vários tiros foram disparados contra o banco de trás, justamente onde estava Marielle. Treze disparos atingiram o carro.

Quatro tiros atingiram a cabeça da parlamentar. Apesar dos disparos terem sido feitos contra o vidro traseiro, três deles, por causa da trajetória dos projéteis, chegaram até a frente do carro e perfuraram as costas do motorista Anderson Gomes. Os dois morreram ainda no local.

A única sobrevivente foi uma assessora de Marielle. O carro ou os carros usados no crime (acredita-se que tenham sido dois) deixaram o local sem que os autores do homicídio pudessem ser identificados, pois as câmeras de trânsito que existem na região estavam desligadas.

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