18/04/2017 17:25:00 - Atualizado em 18/04/2017 17:39:00

Policiais invadem o Congresso Nacional em ato contra Reforma da Previdência

Redação/RedeTV!

Um grupo de sindicalistas do setor de segurança pública realizou uma tentativa de invasão nesta terça-feira (18) no Congresso Nacional como parte de um protesto contra a reforma da Previdência proposta pelo governo Michel Temer. 

O confronto começou por volta das 15h40 e durou cerca de uma hora. O grupo chegou a quebrar vidraças para tentar entrar na área da chapelaria. A Polícia Legislativa usou spray de pimenta e escudos de proteção barrar o grupo. 

Após a confusão, parte do grupo dirigiu-se à rampa do Congresso Nacional. Não há informações sobre feridos ou detidos. A segurança nas portarias foi reforçada, e a circulação entre o Senado e a Câmara está restrita. Após o tumulto, um grupo de manifestantes entrou para uma reunião com o relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA).

Cerca de 3.000 policiais civis, militares, guardas municipais e outros profissionais de segurança pública já estavam reunidos desde o fim da manhã no gramado em frente ao Congresso Nacional para protestar contra a reforma da Previdência. O grupo chegou a queimar caixões de madeira em frente ao local. Os agentes estão reunidos através da União dos Policias do Brasil (UPB), entidade criada no fim do ano passado e que reúne em torno de 30 sindicatos da categoria. A reivindicação da categoria é que a proposta do governo não contempla uma aposentadoria que corresponda ao risco do trabalho dos agentes de segurança pública.

O presidente da Frente Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Luís Antônio Boudens, informou que mantém contato com os demais líderes sindicais para que recuem e não criem confusão com os policiais legislativos. A expectativa de Boudens é de que, entre hoje e amanhã, haja uma “última tentativa de diálogo” com o relator da PEC antes da apresentação do parecer, prevista para esta quarta-feira (19).

Para a Fenapef, as mudanças propostas pelo governo federal, mesmo com algumas flexibilizações, ainda não agradam às categorias policiais. “A idade mínima não está em discussão para nós. Já temos a previsão de aposentadoria por tempo de serviço, e o governo quer criar uma segunda”, disse Boudens, acrescentando que as mobilizações vão continuar se o relatório não for alterado de acordo com as sugestões dos policiais. Para o próximo dia 28 está marcada uma greve geral contra as reformas.

Veja vídeos da invasão:

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