PF faz operação em endereços de Janot após declaração sobre Gilmar
Redação/RedeTV! com Agência BrasilEx-PGR disse que cogitou matar ministro do STF
Por autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal faz uma ação de busca e apreensão em endereços de Rodrigo Janot.
A decisão foi tomada após o ex-procurador-geral da República ter declarado que foi armado até o STF com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes e tirar a própria vida em seguida.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a decisão ocorre no âmbito do inquérito que investiga ameaças a integrantes do Supremo.
Mais cedo, Gilmar havia pedido providências contra o ex-procurador, a quem classificou de “potencial facínora” com "grave problema psiquiátrico".
“Não imaginava que nós tivéssemos um potencial facínora comandando a Procuradoria-Geral da República”, disse Mendes na saída de um seminário no Tribunal Superior Eleitoral, referindo-se à revelação feita por Janot de que foi armado com um revólver ao Supremo com a intenção de matar o ministro.
O episódio é contado por Janot no livro de memórias que lança nesta semana, porém na obra ele não especificou qual ministro esteve prestes de assassinar. Ontem (26), entretanto, o ex-PGR resolveu revelar a diversos veículos de comunicação que seu alvo era Gilmar Mendes.
Rodrigo Janot foi procurador-geral da República por dois mandatos de dois anos, de 2013 a 2017. As duas indicações dele foram feitas pela presidente Dilma Rousseff, após ele ter ficado em primeiro na lista tríplice elaborada por membros do Ministério Público. Nas duas ocasiões, ele foi sabatinado e aprovado pelo Senado.
“Eu imagino que todos aqueles que foram os responsáveis por sua indicação, ele foi duas vezes procurador-geral, devem estar hoje pensando na sua alta responsabilidade em indicar alguém tão desprovido de condições para as funções”, diz Gilmar Mendes sobre Janot.
Pelas normas constitucionais, cabe exclusivamente ao presidente da República a nomeação do PGR, sendo que o único critério para a escolha é de que o ocupante do cargo tenha mais de 35 anos e seja membro do Ministério Público. Não há previsão constitucional de lista tríplice.
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