Occhi diz que foi convidado para ficar 4 anos na Integração Nacional
Murilo Rodrigues Alves e André Borges/Agência EstaOcchi rejeitou a hipótese de haver uma substituição dele pelo deputado federal Aguinaldo Ribeiro, também do PP. Especulou-se que Dilma teria nomeado Occhi até ter certeza, por uma manifestação do Ministério Público Federal, que o deputado não está envolvido nas investigações da Operação Lava Jato, que apura esquema de corrupção na Petrobras. O órgão deve se manifestar em fevereiro. "Em momento algum, se falou nesta decisão por conta da Operação Lava Jato. Foi uma decisão mútua. O partido colocou o meu nome para a presidenta, que aceitou". Segundo ele, quando Dilma o chamou para formalizar o convite, ele não estava acompanhado de nenhum parlamentar do PP.
"Para mim, isso é uma especulação que tem ocorrido, e que não afeta em nada minha relação com o ministro Aguinaldo Ribeiro, com o presidente Ciro Nogueira e com a presidenta da República", afirmou Occhi. "Se a qualquer momento, o partido quiser apresentar outro nome, entendo perfeitamente e estou pronto para contribuir em qualquer outra função", completou.
O PP preferia manter o cargo no Ministério das Cidades, mas a Pasta foi destinada para o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD). Com o comando da Integração Nacional, responsável pela transposição do Rio São Francisco, a presidente teria compensado o apoio do PP do Nordeste na campanha de reeleição - nas regiões Sul e Sudeste, o partido apoiou Aécio Neves (PSDB). "Acredito que o partido está devidamente contemplado", afirmou Occhi, que ainda discute com a Casa Civil a indicação do presidente do Banco do Nordeste.
O ministro assumiu com o compromisso de ampliar a atuação do ministério para além do Nordeste, para onde é destinada a maioria dos investimentos da Pasta. No discurso de posse, Occhi afirmou que o ministério não é só do Nordeste, mas de todos os brasileiros e que é preciso fortalecê-lo para que tenha respostas que atendam a todo o País.