10/04/2015 17:53:00 - Atualizado em 10/04/2015 20:32:00

No Panamá, Dilma usa parte do seu discurso para defender ajuste fiscal

Reuters

A Cúpula teve início nesta sexta-feira (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta sexta-feira durante a Cúpula das Américas, no Panamá, que o governo brasileiro esgotou as medidas anticíclicas adotadas para enfrentar a crise internacional e agora busca um "reequilíbrio" que passa pelo ajuste nas contas públicas. 

"No Brasil, estamos fazendo um grande esforço de ajuste fiscal, porque adotamos medidas anticíclicas nesses últimos anos para evitar que houvesse uma queda muito forte, tanto no emprego como na renda", disse Dilma a uma plateia de empresários na capital do Panamá. 

"Nós esgotamos a nossa capacidade dessas medidas anticíclicas e agora temos de fazer todo um reequilíbrio para poder continuar crescendo." 

No encontro, Dilma manifestou-se a favor da assinatura de um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia e disse que o Brasil está pronto para selar este compromisso. 

Ao lado dos presidentes do México, Enrique Peña Nieto; dos Estados Unidos, Barack Obama; e do Panamá, Juan Carlos Varela Rodrigues, Dilma defendeu também uma maior abertura comercial na região, assim como dos investimentos interregionais. 

"O Brasil, dentro do Mercosul, tem hoje um claro compromisso para fazer um acordo dentro do Mercosul com a União Europeia. Nós estamos prontos para esse acordo", afirmou Dilma durante o Foro Empresarial das Américas, um dos eventos da cúpula que se realiza até sábado na capital do Panamá. 

A presidente ressaltou a importância das relações do Brasil com os Estados Unidos e cumprimentou Peña Nieto pela renovação neste ano do acordo entre os dois países no setor automotivo. 

Dilma deve se reunir em encontro bilateral com Obama no sábado e espera-se que os dois líderes discutam os detalhes de uma visita de Estado que a brasileira fará a Washington. 

A visita deveria ter acontecido em 2013, mas foi adiada em decisão do governo brasileiro por conta das denúncias de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) espionou as comunicações privadas de Dilma, assim como empresas brasileiras. 

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