Maia: "Reforma da Previdência continua sendo a minha prioridade"
Redação/RedeTV! com Agência BrasilPresidente da Câmara falou sobre mudanças na Previdência
(Foto: Agência Brasil)
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou nesta sexta-feira (22) que não irá articular a reforma da Previdência, mas que a votação da proposta segue como prioridade.
"Vou pautar (a reforma) quando o presidente disser que tem votos para votar. A responsabilidade do diálogo com os deputados daqui para frente passa a ser do governo. É ele que vai negociar com os deputados. A reforma da Previdência continua sendo a minha prioridade, mas essa responsabilidade de articular com os deputados para construir uma base sólida é do presidente da República, não do presidente da Câmara. Ele tem que articular diretamente, chamar os presidentes dos partidos, as bancadas, ou não chamar e ver no que dá", disse Maia ao jornal O Globo.
Na segunda (18), Maia já havia afirmado que é viável aprovar a reforma da Previdência na Casa ainda no primeiro semestre se os defensores da reforma precisam convencer os 320 deputados sobre a importância das mudanças nas regras previdenciárias.
"Não temos 320 deputados que foram eleitos com a agenda da reforma da Previdência. Temos que mostrar aos 320 a importância da reforma. Nós, que defendemos a urgência e a decisiva reforma da Previdência, precisamos mostrar a 250, 280 deputados que não foram eleitos com essa agenda, que, para que o Brasil volte a investir, a gente precisa da reforma da Previdência”, disse Maia.
Maia nega que tenha havido perda de apoio da reforma na Câmara, mas não quis revelar com quantos votos favoráveis a medida pode contar. “Eu não gosto de falar de números. O que eu acho é que com uma boa articulação política, um bom diálogo do Poder Executivo com o Legislativo, e isso o ministro [da Economia] Paulo Guedes tem feito muito bem, a gente tem hoje um ambiente muito melhor do que a gente teve no passado, para aprovar uma reforma da Previdência”, disse.
Ele se mostrou confiante na aprovação da reforma e disse que, mesmo que não haja apoio de parlamentares agora, esse quadro mudará quando começar um diálogo com as bancadas dos partidos. “Política é diálogo, conversa, paciência e equilíbrio.”