"Lula precisa se aproximar mais da igreja", diz senadora Eliziane Gama
Redação RedeTV!A relatora da CPMI dos Atos Golpistas é a convidada do "É Notícia" desta quinta
(Foto: RedeTV!)
A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), é a convidada do “É Notícia”, desta quinta-feira (31).
Integrante da bancada evangélica, a parlamentar comentou sobre o apoio que Jair Bolsonaro recebe da comunidade no Brasil e destacou o respeito que o presidente Lula tem pelas igrejas. No entanto, Eliziane ressaltou que falta uma aproximação do petista. “Lula que tem tido uma postura de sempre, tolerante, mas ele acabou sendo suplantado por esse movimento (…) Lula precisa se aproximar mais da igreja. Essa presença física é fundamental, demonstra que não deve ter barreiras”.
A senadora completou dizendo que o seguimento é forte, mas que “o entorno de Lula não tem essa compreensão”. Para a parlamentar, a aproximação de Jair Bolsonaro com esse público causou o grande mal à igreja, por propagar ideias preconceituosas. “Durante toda a minha vida, o que aprendemos na igreja é a da tolerância, do perdão, da entrega, da solidariedade, que é o que prega o evangelho de Cristo, não é um evangelho armamentista”, opinou.
Com os atos golpistas de 8 de janeiro, Eliziane propôs a criação da Comissão de Defesa da Democracia para debater o equilíbrio entre os Poderes da República e a democracia no Brasil. “Mais do que nunca o Estado Democrático de Direito no Brasil mostrou que é forte. O Brasil venceu, a democracia venceu. As nossas instituições foram a força fundamental para impedir que a gente não vivesse um golpe”, comentou a senadora.
Para a parlamentar, claramente houve uma tentativa de golpe. “Nossa democracia é forte, mas precisamos ser vigilantes. Não dá para dizer que porque vencemos o 8 de janeiro nos estamos acomodamos.”
Com o intuito de investigar os ataques antidemocráticos, a CPMI apura o envolvimento de centenas de pessoas nas invasões das sedes dos Três Poderes, entre eles, a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo Eliziane, com os depoimentos realizados na Comissão e os dados apurados, há possibilidades do indiciamento de Bolsonaro. “Se a gente tiver a confirmação desses depoimentos com algum outro cruzamento de dados, que chegue até nós (…) Havendo as confirmações, não há dúvida nenhuma que esse indiciamento (de Bolsonaro) ocorrerá! Mas temos ainda esses passos que devem ser seguidos”.
A senadora ainda declarou que o ex-ajudante de ordem de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, “é um arquivo vivo”, pois tem informações importantes e em caso de delação pode colaborar com as investigações.
Durante conversa com Kennedy Alencar, Eliziane disse que as ideias disseminadas por Bolsonaro devem ser superadas. “Uma página que precisamos esquecer no Brasil”, concluiu a senadora.
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