Lava Jato: Jucá, Renan, Sarney, Lobão, Collor e outros são alvos da Receita Federal

Os políticos Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), José Sarney (PMDB-AP), Edison Lobão (PMDB-MA) e Fernando Collor (PTC-AL) são alguns dos alvos da Receita Federal, que solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o compartilhamento das provas dos processos contra eles na Operação Lava Jato. A intenção é iniciar ou dar continuidade a procedimentos fiscais para recuperar impostos que eventualmente deixaram de ser pagos pelos investigados. 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que é relator da Lava Jato, é quem vai decidir sobre a divisão dos documentos. A Receita já instaurou procedimentos fiscais contra alguns dos investigados, mas não especificou quem, e afirmou que todas as investigações que forem eventualmente compartilhadas serão protegidas por sigilo fiscal. 

A Receita trata o assunto com urgência pois, segundo as leis brasileiras, não é possível cobrar tributos atrasados depois de um período de cinco anos. 

Foi pedido o acesso a 13 inquéritos, sendo 11 da Lava Jato. Além dos políticos já citados, são alvos os deputados Aníbal Gomes (PMDB-CE), Vander Loubet (PT-MS), José Mentor (PT-SP). Três inquéritos também foram abertos e envolvem diversos parlamentares do PP e do PMDB, que são investigados por formação de quadrilha. Outros dois investigam o deputado Waldir Maranhão (PP-MA), cuja responsabilidade está sob o ministro Marco Aurélio Mello. Esses dois inquéritos são anteriores à delação dos executivos da Odebrecht. 

O documento da Receita foi enviado no dia 30 de março e protocolado no STF no dia seguinte.